Golpe do IPVA falso: como funciona e como NÃO cair nessa fraude

Todo início de ano, proprietários de veículos se preparam para pagar o IPVA, um tributo obrigatório no Brasil. No entanto, criminosos têm usado essa obrigação para enganar contribuintes por meio de boletos e sites falsos, desviando os valores pagos. Só em Mato Grosso, pelo menos nove vítimas já caíram no golpe.

Os fraudadores usam mensagens de SMS, e-mails e anúncios patrocinados no Google para levar as vítimas a páginas que imitam o site da Secretaria da Fazenda. Sem perceber a fraude, os motoristas realizam o pagamento via Pix ou boleto, mas o dinheiro cai diretamente na conta dos criminosos.

Como os golpistas agem, afinal?

Os golpes mais comuns envolvem o envio de mensagens que parecem oficiais, prometendo descontos ou alertando sobre prazos falsos. Além disso, sites fraudulentos aparecem no topo das buscas na internet, confundindo os contribuintes. Ao acessar essas páginas e inserir seus dados, a vítima é direcionada para um pagamento irregular.

Outro detalhe preocupante é que os boletos falsos são quase idênticos aos verdadeiros. Eles trazem informações como nome do pagador e valor do imposto, mas o código de barras direciona o pagamento para contas de terceiros. Isso dificulta a identificação da fraude até que seja tarde demais.

Como se proteger do golpe do IPVA?

Para evitar cair nesse golpe, é essencial acessar o site oficial da Secretaria de Fazenda do seu estado, digitando o endereço diretamente no navegador.

Nunca clique em links enviados por e-mail ou mensagens e, antes de pagar o boleto, confira atentamente todos os dados do beneficiário e do pagamento.

Caso perceba qualquer irregularidade, não realize o pagamento e denuncie imediatamente. Registrar um boletim de ocorrência pode ajudar a identificar os criminosos e evitar que mais pessoas sejam vítimas dessa fraude.

Entenda no que consiste o IPVA

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um tributo estadual cobrado anualmente dos donos de veículos registrados no país.

O valor arrecadado é dividido entre o estado e os municípios, sendo usado para investimentos em diversas áreas, como infraestrutura e segurança pública.

Ao contrário do que muitos pensam, o IPVA não está diretamente ligado à manutenção das estradas, já que essa função cabe à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) e a outros tributos. O não pagamento do imposto pode gerar multas, apreensão do veículo e dificuldades para o licenciamento.