Governo dará R$ 0,50 de desconto por kWh para quem economizar energia elétrica

Os consumidores que economizarem no uso de energia elétrica podem ser bonificados. O Governo Federal anunciou um programa que deve aumentar o desconto nesses casos. A medida foi informada na última terça-feira (31), no Diário Oficial da União.

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Inicialmente, a ideia é estender a iniciativa até o mês de dezembro de 2021. Para obter o bônus, é preciso reduzir entre 10% e 20% o consumo mensal de energia. Neste caso, o cidadão ganhará o desconto de R$ 0,50 por quilowatt-hora (kWh). 

O valor será incidido sobre o volume total de energia economizado dentro da porcentagem citada. Ou seja, economizar mais do que 20% não aumentará o desconto. Da mesma forma, economia menor que 10% não dá direito ao bônus.

Comparação

Para saber se o consumidor está poupando energia elétrica, será estabelecida uma comparação. O consumo médio dos últimos quatro meses entrará na conta. 

Caso haja redução de 10% a 20% no comparativo com a média obtida, o desconto é obtido. Caso contrário, não.

Novo reajuste

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma nova bandeira tarifária nesta semana. A nova tarifa recebe o nome de bandeira de escassez hídrica. A taxa extra será de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos. 

Ela entra em vigor a partir desta quarta-feira (1º), permanecendo vigente até abril do ano que vem. As informações foram publicadas pela Agência Brasil de notícias.

O novo patamar representa um aumento de R$ 4,71, cerca de 50%, em relação à bandeira vermelha. Esta fazia referência ao patamar 2, até então o maior patamar, no valor R$ 9,49 por 100 kWh.

Crise hídrica

A decisão foi tomada em meio à crise hidrológica que afeta o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Lembrando, que elas são a principal fonte geradora de energia elétrica no país. 

De acordo com o governo federal, esta é a pior seca em 91 anos. Com as hidrelétricas operando no limite, é preciso aumentar a geração de energia. Isso 

Segundo a Aneel, mesmo com os reajustes recentes das bandeiras tarifárias, a arrecadação segue insuficiente. O déficit na conta de bandeiras tarifárias está em R$ 5,2 bilhões. Além disso, o Brasil precisará importar energia de países vizinhos, ao custo de R$ 8,6 bilhões.