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Economia

Hábitos de consumo dos brasileiros mudaram na pandemia; Veja os setores mais aquecidos

Segmentos com maior crescimento em 2021 são o de saúde e bem-estar. Entenda o porquê dessa transformação.

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Mercado de bicicletas

Consumidores brasileiros têm se preocupado cada vez mais com hábitos saudáveis durante a pandemia. Para além de exames de rotina e preventivos, houve crescimento na procura por atividades ao ar livre, como andar de bicicleta e fazer compras em feiras livres, por exemplo. Além disso, a parte voltada para o consumo de produtos também passou por transformações.

Estas mudanças no perfil de consumo constam do relatório de Análise do Comportamento de Consumo do Itaú Unibanco, relativo ao primeiro trimestre deste ano. O estudo considera a base de 50 milhões de clientes do banco – que é o maior da América Latina em total de ativos – e os usuários do sistema Rede, do Itaú, que possui uma fatia de 30% do mercado brasileiro de adquirência.

Os gastos com tratamentos, prevenções e exames aumentaram significativamente no período em relação ao primeiro trimestre de 2020: 80% em laboratórios de análises clínicas, 29% em médicos e clínicas e 14% em hospitais, aponta o estudo. Já o consumo em feiras livres e os gastos com hortifrútis também subiram, respectivamente 47% e 22%, enquanto as vendas de bicicleta cresceram 52%.

Após um ano do início da pandemia, e em meio a segunda onda, a permanência em casa intensificou os investimentos em conforto para o lar, que muitas vezes também se tornou local de trabalho, e por eletrônicos, como videogames e jogos digitais. Serviços de manutenção, como os de ar condicionado e computadores/impressoras registraram alta de 59% e 51%, respectivamente, e dedetização (16,4%).

A compra de livros, games, serviços de streaming e instrumentos musicais também subiu (8,5%), com destaque absoluto para a categoria de videogames, cujas vendas saltaram 165% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

A análise foi feita por Moisés Nascimento, diretor de estratégias e engenharia de dados do banco, e por Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú.

Cartões virtuais cresceram entre mais jovens

A expansão continuada das transações online impulsiona cada vez mais os meios de pagamento digitais. Em especial, dos cartões virtuais, que expiram após o uso e conferem maior segurança às operações de e-commerce.

O valor transacionado neste meio cresceu significativamente (163%) no primeiro trimestre em comparação a igual período do ano passado, antes da pior fase da pandemia. Entre os mais jovens, da geração Z (nascidos entre 2000 e 2010), o uso dos cartões virtuais subiu quase três vezes mais: 457%.

Os pagamentos por carteiras digitais cresceram 80% no total e especialmente entre as mulheres de 50+ (93%) e os consumidores da geração Z (192%). O número de transações por aproximação em maquininhas, que evitam o contato físico, cresceu 4,4 vezes em relação ao primeiro trimestre de 2020 e, na comparação com o mesmo período de 2019, esse múltiplo chega a 34 vezes.

Por tudo isso, o Itaú Unibanco conclui que os efeitos da segunda onda no consumo dos brasileiros é menor do que durante a primeira onda, ocorrida em março. Em suma, os dados permitem que a empresa revise sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021 para 5%. O percentual representa uma recuperação da perda de 4,1% de 2020, além de um pequeno ganho em riquezas.

Leia ainda: Itaú Unibanco dará até 25% de desconto no consórcio de imóveis e veículos

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