Economia
Ibovespa fecha em queda com Wall St, mas bancos limitam perda
O Ibovespa fechou em queda de mais de 1% nesta quinta-feira, contaminado pela forte correção de baixa em Wall Street, com noticiário também pesando nas ações de Vale e ecommerce, enquanto a alta de papéis de bancos ajudou conter as perdas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,17%, a 100.721,36 pontos, tendo alcançado 103.225,58 pontos na máxima da sessão e 99.750.80 pontos na mínima do pregão.
O giro financeiro somou 37,8 bilhões de reais, bem acima da média diária recente e do ano de 29,3 bilhões de reais.
Em Nova York, o Nasdaq caiu 5% e o S&P 500 cedeu 3,5%, com realização de lucro após máximas recentes, tendo como argumento dados que trouxeram receios de uma recuperação lenta e prolongada da economia norte-americana.
Na visão do gestor Werner Roger, sócio da Trígono Capital, a queda nos mercados na sessão foi um movimento normal, com as bolsas nos Estados Unidos corrigindo recordes e o pregão brasileiro seguindo no embalo.
“Nada sobe eternamente sem correção”, afirmou, citando que nesses momentos qualquer coisa pode ser motivo para venda e não descartando que em alguns dias apareça outra razão que faça o otimismo voltar aos negócios.
No Brasil, o governo apresentou a proposta de reforma administrativa que será encaminhada ao Congresso Nacional e que é uma das principais apostas da equipe econômica para desengessar o Orçamento e combater o rombo fiscal.
Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, embora os efeitos numéricos nas contas públicas não sejam relevantes no curtíssimo prazo, as mudanças propostas devem ter um impacto bastante positivo mais adiante.
“A proposta preserva direitos adquiridos, mas quebra uma coluna de elevação de gastos com a renovação de servidores e traz uma modernização das relações trabalhistas”, acrescentou.
Na pauta macroeconômica, a produção industrial registrou alta de 8% em julho sobre o mês anterior, enquanto o setor de serviços seguiu em contração em agosto apesar de demanda melhor.
Em relatório nesta quinta-feira, estrategistas do Bank of America observaram que fluxo de recursos para fundos de ações locais deve continuar à medida que os juros permanecem baixos e o número de investidores na bolsa local continua aumentando.
Ainda assim, David Beker e equipe optaram em manter a classificação ‘marketweight’ para o país em seu portfólio de América Latina, uma vez que veem essa crescente demanda sendo parcialmente compensara pela oferta.
Entre IPOs e follow-ons, registradas e realizadas, o número de operações já supera 40 desde o começo do ano, de acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
DESTAQUES
- B2W ON desabou 7,57%, enquanto VIA VAREJO ON perdeu 6,89% e MAGAZINE LUIZA ON caiu 5,36%, após Amazon anunciar a abertura do seu quinto e maior centro logístico no Brasil, na esteira da expansão do comércio eletrônico. Papéis ligados ao ecommerce estão entre as maiores ganhos do Ibovespa em 2020 – Magazine Luiza avança 85,88%, Via Varejo valoriza-se 71,8% e B2W sobe 63,6%, enquanto o Ibovespa cai 12,9%.
- VALE ON caiu 3,26%, após o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais pedir intervenção judicial na mineradora, com afastamento dos executivos responsáveis pela política de segurança da companhia. O MPF também pede a suspensão de pagamento de dividendos a acionistas. A Vale disse que não foi citada e apresentará sua manifestação nos autos do processo, no prazo legal.
- BRADESCO subiu 3,93%, ITAÚ UNIBANCO avançou 2,43% e BANCO DO BRASIL ON evoluiu 1,56%, após o Bank of America elevar a recomendação do setor financeiro no país para “marketweight”, considerando-o “negligenciado”. “Aumentamos nossa alocação em Bradesco, Itaú e Banco do Brasil (apenas no portfólio de Brasil) e também de B3.” Mas B3 ON caiu 3,59%. Diferente dos bancos, o papel tem performance no ano melhor do que o Ibovespa, subindo 38,28%.
- PETROBRAS PN fechou com acréscimo de 0,35%, resistindo à queda nos preços do petróleo no mercado externo, onde o Brent encerrou em baixa de 0,81%.
- TOTVS ON caiu 5,8%, após renovar máxima histórica intradia mais cedo, a 30,19 reais, também entre as maiores quedas do Ibovespa, com agentes analisando a disputa pela Linx. A companhia também modificou nesta semana proposta pela fabricante de softwares de gestão após a StoneCo revisar acordo vinculante com a Linx. LINX ON perdeu 1,37% e, em Nova York, STONECO cedeu quase 4%.
- AZUL PN avançou 3,67% e GOL PN valorizou-se 2,17%, beneficiadas pela queda do dólar e declínio dos preços do petróleo, atenuando as perdas acumuladas no ano, que ainda somam 58,84% e 47,64%, respectivamente.
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