Economia
Ibovespa segue em queda com exterior avesso a riscos e peso do cenário fiscal doméstico
Às 11:10, o índice de referência recuava 0,31 %, para 99.371,03 pontos.
A bolsa paulista continuava sendo afetada pelo sentimento negativo nesta quinta-feira, com investidores repercutindo a fraca posição do Federal Reserva na véspera, deixando os mercados externos mais desfavoráveis a risco, enquanto o cenário fiscal doméstico pesava.
Às 11:10, o índice de referência recuava 0,31 %, a 99.371,03 pontos. O giro financeiro somava 4,6 bilhões de reais.
O Ibovespa chegou a tocar 98.561,51 pontos na mínima da sessão até o momento.
Na quarta-feira, o Fed manteve as taxas de juros perto de zero e prometeu mantê-las nesse patamar até que a inflação esteja no caminho para “superar moderadamente” sua meta de 2% “por algum tempo”.
O Fed destacou que taxas permanecerão baixas nos próximos anos, mas há riscos para a recuperação econômica, e mais estímulos fiscais serão necessários, disse Milan Cutkovic, da AxiCorp.
“Apesar de manter seu viés ‘dovish’, os investidores parecem estar desapontados”, disse ele, frisando que não foram apresentados detalhes sobre a mudança na estratégia durante a fala do chair do Fed, Jerome Powell.
“Alguns participantes do mercado também esperavam novas medidas do banco central para manter a recuperação econômica em andamento”, acrescentou. Cutkovic disse ainda que a atenção agora se voltará para o Congresso dos EUA, onde democratas e republicanos ainda estão lutando para chegar a um acordo sobre um pacote de estímulo.
Em Nova Iorque, o índice S&P 500 perdia 0,8%.
Na manhã desta quinta-feira, dados mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos ficaram acima do esperado, mesmo tendo caído em relação à semana anterior. O que também empurrava as baixas era o recuo na construção de novas moradias nos EUA.
No Brasil, o Banco Central decidiu na véspera que vai manter a Selic no piso histórico de 2%, após nove cortes seguidos. O banco assumiu que a inflação deve acelerar no curto prazo, mas não forneceu grandes novidades sobre a política monetária.
“Continuamos esperando que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada na próxima reunião… e condicione novos cortes de juros à trajetória fiscal e à mudança nas expectativas de inflação de longo prazo”, disse Mathieu Racheter, analista de mercados emergentes do Julius Baer.
Os agentes financeiros seguem ligados no cenário fiscal do país, com Bolsonaro tendo autorizado na véspera o relator do Orçamento a incluir na proposta orçamentária de 2021 a criação de um programa social nos moldes do extinto Renda Brasil.
Destaques da manhã
ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,46% e BRADESCO PN perdia 0,63%.
VALE ON caía 0,16%, acompanhando as baixas dos futuros do minério de ferro na China, com o setor de mineração e siderurgia começando a reagir.
USIMINAS PNA valorizava-se 2,57% após melhora na recomendação, para ‘neutra’, pelo Credit Suisse.
PETROBRAS PN e PETROBRAS ON despencavam 0,28% e 0,46%, respectivamente, reduzindo as perdas, conforme os preços do petróleo no exterior mostravam melhora.
JBS ON ganhava 1,41%, enquanto MINERVA ON cedia 2,25%, MARFRIG ON tinha desvalorização 2,22% e BRF ON saltava de 0,75%, em dia misto para o setor de proteínas.
AMBEV ON subia 3,42%, em meio à informações de que revendedoras da fabricante registrando alta na vendas.

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