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Economia

Imóvel como garantia de crédito: acerto ou cilada?

Empréstimo com garantia de imóvel oferece taxas de juros mais baixas, mas tomador deve avaliar com cautela.

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Financiamento imobiliário

Geralmente, os juros das linhas de crédito possuem taxas muito elevadas, que fazem o Custo Efetivo Total (CET) ser exorbitante. Por exemplo, o crédito rotativo pode ter juro de até 300% ao ano, sendo um dos principais fatores o risco de inadimplência. Assim, quanto maior o risco, na mesma proporção segue o juro do crédito, e vice-versa. 

Em outra perspectiva, há uma modalidade de empréstimo que oferece mais segurança aos bancos e, por consequência, reduz as taxas cobradas, sendo chamada de home equity. Com esse crédito, o tomador dispõe do imóvel como garantia de pagamento da dívida, na condição de que não seja empregue para aquisição de uma segunda casa ou apartamento.

“As taxas variam de 20% a 25% ao ano, uma modalidade com juro bem mais baixo do que no rotativo do cartão, cheque especial, empréstimo pessoal ou consignado”, afirma o planejador financeiro CFP pela Planejar, Marcelo Milech.  

No entanto, para ele, “a pessoa tem que ter um objetivo que faça sentido com esse empréstimo. Ou seja, se for só para tapar buraco no orçamento, a chance de se enrolar e não conseguir pagar é muito grande”. Também, é necessário lembrar que a quantidade de parcelas devidas até chegar ao confisco do imóvel variam conforme cada instituição financeira. Sendo assim, antes de escolher o empréstimo, fique alerta às condições do contrato e ao seu orçamento financeiro.

Segundo a educadora financeira, Carol Stange, outros fatores devem ser considerados para que o contratante não caia em uma cilada. “É claro que pagar menos juros é sempre um bom negócio, mas o risco de perder o patrimônio é real”, diz. “A pessoa tem que ter certeza da sua capacidade de pagamento, de modo que as parcelas não comprometam a renda mensal”, acrescenta.

É válido destacar que esse tipo de crédito só deve ser solicitado em caso de necessidades pontuais, que extrapolam o orçamento. “Uma emergência de saúde, por exemplo, ou algo que surgiu e fez a pessoa ter que gastar mais do que o planejado”, frisa Milech.

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