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Agronegócio

Importações de carne bovina dos EUA para China aumentam

A demanda de carne bovina norte-americana aumentou, impulsionada pelo apetite crescente da classe média chinesa, enquanto as exportações australianas diminuíram

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Nos primeiros oito meses de 2021, de acordo com os dados da alfândega chinesa, as importações de carne bovina dos EUA cresceram cerca de nove vezes a quantidade no mesmo período do ano anterior, chegando a 83.000 toneladas, e devem atingir mais de 1 bilhão de dólares em 2021.

A demanda de carne bovina norte-americana aumentou, impulsionada pelo apetite crescente da classe média chinesa, enquanto as exportações de carne bovina australiana estão diminuindo em meio as tensões diplomáticas.

No ano anterior, vários fornecedores australianos foram proibidos de embarcar as carnes. Além disso, a Austrália ficou atrás dos Estados Unidos como o maior exportador de carne de gado alimentado com ração para a China.

De acordo com o porta-voz da Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF), Joe Schuele, “eles não têm muitas outras opções no que diz respeito ao produto bem marmorizado e alimentado com ração”. “Esse é o produto que realmente se destaca na China”, acrescenta.

Normalmente, considerado um produto premium em outros mercados, a carne de gado alimentado no pasto vai para canais mais baratos, como supermercados e restaurantes de massas na China. Essas importações, representaram cerca de 2 milhões de toneladas, um total de 40% do consumo de carne bovina no ano anterior.

Devido a economia mais fraca, a demanda de consumidores de massa está diminuindo, mesmo com a oferta dominada por produtores de pasto de baixo custo, como Brasil, Argentina e Uruguai.

De acordo com dados alfandegários da China, em relação aos primeiros oito meses do ano anterior, comparado ao que foi registrado no mesmo período de 2021, houve uma queda de cerca de 96.000 toneladas de carne bovina australiana.

O abastecimento vindo da Austrália, foi prejudicado devido a deterioração das relações entre Pequim e Camberra. No ano passado, Pequim suspendeu cinco de suas maiores fábricas por conta da má rotulagem e da contaminação com substância proibida.

Apesar de outras fábricas ainda terem permissão para embarcar à China, longos atrasos foram enfrentados pelos importadores. De acordo com um importador de Pequim, “fomos informados de que levará pelo menos 85 dias para liberar”.

Além disso, de acordo com o analista sênior do Rabobank, Pan Chenjun, à medida que os consumidores “comem melhor”, o mercado de médio e alto padrão da China tende a crescer.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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