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Indicação para presidência do Banco do Brasil agrada mercado e ações disparam

Com três décadas de experiência no mercado financeiro, André Brandão deve dar andamento aos processos de desinvestimento na instituição.

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Banco do Brasil

Na última segunda-feira, 3, as ações do Banco do Brasil subiram 2,29%, depois que André Brandão foi indicado para assumir o lugar de Rubem Novaes, na presidência da instituição. Os papéis foram negociados em alta de 4,35%, na máxima da sessão.

Porém, para ocupar a presidência do BB, André Brandão ainda necessita da aprovação do Palácio do Planalto e do comitê interno. De qualquer modo, o mercado já enaltece a sua indicação. “É um nome que agrada até por ser um liberal por natureza e ter feito bons trabalhos por onde passou”, destacou o sócio da Acqua Investimentos, Bruno Musa.

Segundo o sócio da Monte Bravo, Rodrigo Franchini, existiam muitas especulações sobre qual seria o perfil do novo Banco do Brasil e o anúncio de Brandão foi uma “surpresa positiva”: “O mercado nunca gostou de funcionários de carreira e nem de pessoal vindo do setor público. Quando veio o nome de Brandão, foi uma surpresa positiva, até porque é difícil tirar alguém do setor privado, ainda mais um executivo de um grande banco acostumado a resultados expressivos e sempre focado em consistência e resiliência. É isso o que o acionista quer”, declarou.

Com três décadas de experiência no mercado financeiro, Brandão assumiu a presidência do HSBC Brasil em 2012 e fez parte de sua venda para o Bradesco, em 2016. “Na época [2012], ele pegou um rojão. O banco estava com vários problemas, como transações suspeitas, e ele encabeçou toda a mudança. No momento mais difícil para o HSBC no Brasil, ele conseguiu arrumar a casa, tanto que o banco apresentou lucro e não tomou mais multa de regulador na América Latina, conseguindo um valor atrativo para a venda para o Bradesco”, lembrou Franchini.

O estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, conta que a expectativa do mercado é que o novo nome do BB dê andamento a processos de desinvestimento, além de avaliar como um ponto muito positivo a curto prazo. “O setor financeiro do Ibovespa está para trás [em relação aos outros] e o BB estava entre os piores. Então, a gente já achava que suas ações iriam despontar nesse segundo semestre. O BB também tem uma boa perspectiva, tendo em vista que o agronegócio crescendo também ajuda bastante o banco”.

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