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Saúde

Jovem de corpo, velho de mente: estudo revela razões que nos fazem sentir mais velhos

A idade dos seus órgãos pode ser diferente da idade que aparece nos documentos pessoais. Hábitos saudáveis são decisivos nessa demarcação

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A idade que aparece nos seus documentos pessoais e pela qual você se define pode não ser a mesma dos órgãos e tecidos do corpo, ou seja, a idade biológica pode não ser igual à idade cronológica.

Essa constatação foi apontada por um estudo científico realizado pela Universidade de Melbourne, na Austrália. Se você convive com a sensação de que é mais velho do que é, de fato, saiba que existem motivos que explicam isso.

A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Medicine. Ela mostra que é possível medir a idade biológica do cérebro e do corpo de uma pessoa, indicando possíveis desgastes em relação à idade cronológica.

Os indícios que levam a essa conclusão podem evidenciar, inclusive, riscos de doença crônica e mortalidade prematura, segundo os pesquisadores.

Tic Tac! Relógio dos órgãos

Essa espécie de relógio dos órgãos e tecidos humanos é capaz de definir se eles são mais jovens ou mais velhos do que o tempo de vida cronológico de uma pessoa.

Pode ser, por exemplo, que uma pessoa de 42 anos tenha um cérebro que se parece mais com o de uma pessoa de 50, ou seja, oito anos mais velho.

Os pesquisadores conseguiram estabelecer, no estudo, relógios de idade para o cérebro e sete sistemas corporais: cardiovascular, pulmonar, musculoesquelético, imunológico, renal, hepático e metabólico.

Eles conseguiram isso, a partir dos dados de mais de 100 mil adultos que participam do “Biobanco” do Reino Unido, banco de dados que reúne informações genéticas e de saúde das pessoas.

Em seguida, os cientistas utilizaram, ainda, exames cerebrais de ressonância magnética (MRI) e medidas de uma quantidade expressiva de exames físicos, fisiológicos, de sangue e urina, disponíveis em ambientes clínicos.

Envelhecimento dos órgãos

O estudo identificou padrões de evolução da idade nos órgãos, inclusive com conexão e correlação entre diferentes sistemas, como se fosse uma rede de envelhecimento.

Se os pulmões de uma pessoa, por exemplo, parecem mais velhos do que a idade cronológica, é bastante provável que coração, rins, ossos, músculos e cérebro também estejam na mesma situação.

O cérebro, segundo a pesquisa, é mais influenciado pela idade dos pulmões e do coração, enquanto músculos e ossos atuam como um centro de rede e são afetados pelo envelhecimento da maioria dos demais sistemas do corpo.

Risco de doenças crônicas

O avançar da idade cronológica é, por si só, um fator de risco comum para o desenvolvimento de doenças crônicas, mas pode acontecer, por exemplo, de pessoas com a mesma idade apresentarem riscos variados.

Isso se dá pela possível diferença de idade e condições relacionadas aos órgãos. Quanto mais alta a idade deles, maior é o risco de doenças crônicas.

O estudo abordou 16 doenças comuns. São elas: esclerose múltipla, AVC, demência, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, doenças hipertensivas, diabetes, cirrose, osteoartrite, osteoporose e câncer.

Dica! Como manter o corpo jovem

Conforme a pesquisa, alguns hábitos são decisivos na definição da idade biológica. Questões como tabagismo, ingestão de álcool, falta de sono, comportamento sedentário, poluição do ar e desigualdade socioeconômica podem afetar diretamente, nesse aspecto.

Esses pontos estão diretamente ligadas a corpos que parecem mais velhos. A notícia boa é que vários deles são modificáveis e basta uma alteração dos hábitos para que você reduza a idade do cérebro e do corpo.

O estudo percebeu que pessoas que tiveram um peso maior ao nascer, que têm ensino superior, praticam exercícios regulares e vivem em áreas com maior cobertura de espaços verdes tendem a ter os sistemas do corpo com aparência mais jovial.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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