Lineup do milho pesa 2 mi/t nos portos em julho, mas ainda não carrega rali de Chicago

O lineup do milho nos portos ainda não registra um aumento muito expressivo de fixação de exportações para julho com base no rali de preços em Chicago desde a semana passada.

As previsões constantes de alta dos embarques estão mais alinhadas ao volume de colheita do cereal da safrinha, que vai ganhar corpo o mês que vem.

As vendas externas podem chegar entre um mínimo de 6 milhões a até 7 milhões de toneladas, segundo o trader Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora.

Isso porque, entre o levantamento dos portos, dos navios carregando e ao largo esperando berço para atração, os nomeados – que estão para chegar – o grosso é para o próximo mês.

Pelos cálculos do especialista, já tem aproximadamente 2 milhões de toneladas, com ponto de referência no lineup desta quarta (21). No total de movimentação dos terminais marítimos, pouco mas de 3,9 milhões de toneladas.

Isso está um pouco acima do levantamento de segunda-feira feito pela Germinar.

Para este mês, os dados da Anec, que reúne exportadores de grãos, a última projeção é de 1,46 milhão de tonelada, em queda sobre a previsão da semana anterior.

Daí que se a estimativa para julho se confirmar, será um ganho relevante sobre este mês.

Caso o dólar melhore seu poder de troca com o real e os prêmios nos portos subam, os exportadores devem acelerar as vendas.

Esses dois fatores, ainda tímidos, é que deixam a impressão, a Roberto Carlos Rafael, de que o volume de negócios só reflete o aumento da colheita, pensada em cerca de 93 milhões de toneladas e exportações ao redor de 55 milhões de toneladas.

Vai ter muito milho pela frente.