Lula confirma as mudanças no consignado do INSS, mas terá de convencer as instituições financeiras

Após anunciada a redução do teto dos juros do consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que foi de 2,14% para 1,70%, diversas instituições financeiras suspenderam o fornecimento de crédito nesta modalidade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou as mudanças, mas reconheceu que o assunto poderia ter sido abordado de maneira mais efetiva pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, para que as medidas não gerassem efeitos contrários aos pretendidos pelo Governo Federal.

Agora, o que Lula está se empenhando em fazer é dialogar com o setor de bancos e instituições financeiras, buscando uma alternativa que seja viável para as partes, visto que os beneficiários do INSS não podem ficar sem essa opção de crédito.

Nas palavras do presidente:

“Uma coisa que era para ser 100% boa, favorável, criou um clima de insatisfação nos bancos, que precisavam ter sido preparados, avisados. Porque a gente não pode baixar com a facilidade que quer que eles baixem [os juros]. Mas, de qualquer forma, a terra é boa e vamos ver como fazer para baixar os juros de verdade.”

Até o presente momento, as instituições que suspenderam a modalidade de crédito não deram maiores detalhes sobre como lidarão com a situação.

É importante esclarecer que a determinação do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) somente será aplicada para os novos contratos de empréstimo consignado dos beneficiários do INSS, de modo que aqueles firmados anteriormente devem ser cumpridos conforme acordado à época.

Agora, o que resta é aguardar e acompanhar os diálogos do presidente e também do governo com os bancos e instituições, para conferir se o teto de juros será mantido no que foi decidido pelo CNPS ou se chegarão a um acordo mútuo diferente, que seja capaz de agradar todos os lados envolvidos no tema.