Política
Lula quer criar uma moeda que seja usada em toda América do Sul
Lula escreveu um artigo com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, para pensar no desenvolvimento de uma moeda única continental.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Buenos Aires, capital argentina, e encontrou-se com o presidente argentino Alberto Fernández. Juntos, os dois presidentes de países sul americanos assinaram um documento que tem o potencial de desenvolver a segunda maior moeda de um bloco econômico mundial.
No dia 22 de janeiro, os dois presidentes assinaram um artigo que diz sobre a intenção de criar uma moeda continental, isto é, uma moeda comum sul-americana para transações financeiras e comerciais. O artigo foi publicado no diário argentino Perfil.
Lula e Fernández enxergam a moeda comum sul-americana como uma maneira de incentivar, simplificar e modernizar o uso das moedas locais. Caso a proposta tenha andamento e a moeda continental seja realmente criada, ela poderá ser usada nos fluxos financeiros e comerciais.
A moeda continental da América do Sul teria custos operacionais menores e, além disso, os doze países sul americanos teriam sua vulnerabilidade mundial reduzida. O artigo dos dois presidentes diz ainda que essa aliança trata-se de uma consolidação democrática de paz.
Desse modo, Lula e Fernández repudiaram os atos antidemocráticos que aconteceram em Brasília, por fim, escreveram que querem que o sistema democrático seja sempre respeitado.
Contudo, essa ideia da moeda continental não é algo novo. Em 2022, no seu primeiro mandato, Lula já tinha proposto a ideia. Posteriormente, no governo do ex-presidente Bolsonaro, a ideia também foi proposta junto com o ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri.
O jornal econômico mais importante do mundo, Financial Times, publicou que esse movimento pode gerar a segunda maior moeda de um bloco econômico do mundo. Atualmente, a maior moeda de um bloco econômico é o euro.
Isso significa que um conjunto de países que buscam se ‘entender financeiramente’ e facilitar suas relações econômicas para que o mercado seja maior usam o euro. Na prática, a moeda sul-americana serviria como uma maneira desses países fazerem negócios melhores em questões financeiras, pois a ideia é que a taxa seja reduzida.
Desse modo, o comércio entre os doze países da América do Sul seria expandido. Visto que o Brasil faz fronteira com dez dos 12 países do continente, provavelmente, geopoliticamente falando, ele seria um dos mais beneficiados com a criação da moeda continental da América do Sul.
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