Maiores operadoras do país garantem ‘filão’ do leilão de 5G por R$ 1,109 bi

Prévia da concorrência acirrada que vem por aí, no leilão de 5G, pilotado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) nessa quinta-feira (4), as megaoperadoras rivais Claro, Vivo (VIVT3) e TIM (TIMP3) arremataram, por R$ 1,109 bilhão, três dos quatro blocos nacionais da faixa de frequência 3,5 GHz – considerada a ideal para viabilizar a oferta de internet móvel de quinta geração. O quarto bloco não recebeu propostas.

Desembolsos milionários – Enquanto a Claro fez uma oferta de R$ 338 milhões (ágio de 5%) pelo bloco B1, a Vivo pagou R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) pelo bloco B2 e a TIM desembolsou R$ 351 milhões (ágio de 9,22%) pelo bloco B3.

Planos mais acessíveis – Com a aquisição, recente, das redes móveis da Oi (OIBR3), a trinca vitoriosa de operadoras agora domina (98,3%) o mercado nacional de voz e dados móveis, o que poderá reduzir a disputa por consumidores e abrir espaço para a aplicação de cortes nas ofertas de planos e à oferta de preços mais acessíveis. Entretanto, há, também os que apostam no aumento da competição, uma vez que a TIM arrematou a maior parte dos ativos da OI.

Contrapartidas – De acordo com as regras do certame, o prazo de autorização para exploração da faixa de 3,5 GHz é de 20 anos, cuja contrapartida está relacionada à limpeza da faixa, de modo a evitar interferência com sinal da TV aberta das parabólicas, assim como inclui a criação de rede privativa para uso da União e aportes no Projeto Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS).

Ativação total – Outro compromisso implícito assumido pelas operadoras diz respeito à ativação do 5G em todas as capitais brasileiras, até meados do ano que vem, estendendo a cobertura nas demais regiões até 2029. A previsão de analistas é de que a competição no setor se acentuará, após a entrada de novas prestadoras nas demais faixas de telefonia móvel.