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Mercado sinaliza momento mais propício para ofertas iniciais de ações

Expectativa de analistas é que IPOs devam movimentar, a princípio, R$ 15,4 bilhões neste ano

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Após uma longa espera pelo momento mais propício, os planos de investimento de empresas começam, enfim, a sair das gavetas. É o que se pode depreender da disposição de dez empresas, que pretendem fazer, nos próximos meses, ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) que perfazem um montante de R$ 15,4 bilhões.

Embora ainda não tenha sido especificada nenhuma IPO (em valores ou a data de sua realização), a intenção de fazer as ofertas já movimenta o mercado de capitais nacional. No ano passado foram registradas 13 ofertas, correspondendo a um total de R$ 18 bilhões, aqui excluída a Eletrobras.

Para analistas, a expectativa é que as ofertas iniciais ganhem maior impulso no restante de 2023, com destaque para a Copel, que pretende levantar até R$ 5 bilhões com a iniciativa, ou da parte da BRF, que trabalha com um retorno de R$ 4,5 bilhões. A Hidrovias do Brasil, por sua vez, anunciou o lançamento de seu ‘follow-on’, com vista ao início de desinvestimento do fundo Pátria.

De qualquer sorte, o mercado ainda aguarda o avanço da agenda federal, como a reforma tributária e a consolidação da estabilidade econômica, via corte da Selic, para ‘apostar’ nas IPO, o que deverá ocorrer com maior intensidade, segundo analistas, somente no último trimestre do ano.

A melhoria do quadro macroeconômico, na visão de especialistas, poderá fazer com que as transações ‘mudem de perfil’, em que mais companhias deverão buscar capital para fazer frente ao ‘capex’. Exemplo disso, na semana passada, empresas como Localiza e Direcional promoveram captações a fim de reforçar o caixa para investimentos. Nos demais casos, ocorreram transações para ajuste de balanço, como a Hapvida, Dasa e CVC. Além das citadas, houve transações visando ‘dar saída’ a fundos de private equity (para compras de participação em companhias), a exemplo da Orizon, Oncoclínicas e Smartfit.

Para o corresponsável pelo banco de investimento do Bank of America no Brasil, Bruno Saraiva, “empresas estão começando a tirar da gaveta projetos de investimento e as captações vão acontecer. Primeiro estamos vendo os ‘block trades’ [vendas por meio de leilão em bolsa] e ‘follow-ons’, mas mantido o cenário começaremos a ver os IPOs”, ao prever que, nos próximos meses, “serão observadas mais ofertas com o objetivo de “dar combustível ao balanço e para suportar planos de investimento”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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