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Economia

Mercado surpreso, ‘pero no mucho’, com B3 caindo e dólar subindo? Siga o 3º Copom que falta

Movimento do mercado financeiro é o oposto ao que acontecia antes da queda da Selic e chega até a surpreender

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Tem uma semana que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu em 0,50 ponto percentual a taxa Selic e em sete pregões a bolsa cai e o dólar recuperou as baixas acumuladas em julho.

Nos dois casos, contando com o andamento desta quarta (9), com o Ibovespa voltando próximo dos 118 mil pontos, em menos 0,73%, e a divisa americana alçando mais 0,15%, a R$4,91.

A pergunta que fazem é: por que esse movimento, se o mercado precificava positivamente o Ibovespa e punia o dólar justamente levando em consideração a decisão, que se concretizaria, de queda dos juros?

À parte o reflexo do exterior, um pouco mais avesso ao risco, há uma mistura de sensações do mercado. A resposta ainda está sendo formulada. Ou talvez nem seja, enquanto não houver sinais mais claros.

Mas que entrou no radar o corte acima do que desejavam alguns membros do Copom, e do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campo Neto, de 0,25 pp, entrou, sim.

Mesmo que a ata da reunião de 1º e 2 de agosto, conhecida ontem, tenha expressado que não há chance de cortes maiores (de 0,50 pp) nos próximos três encontros, quem garante uma vez que em dezembro dois membros do Copom sairão e dois novos entrarão?

Indicados por Lula, se juntarão a Gabriel Galípolo, ex-secretário do Ministério da Fazenda e hoje membro do Comitê, defensor de quedas de 0,75 ponto percentual, como seu ex-chefe.

Logo, se o Copom teria se submetido à pressão política deixando a Selic em 13,25%, na visão de alguns, a partir do último mês do ano a maioria pró-governo poderá determinar reduções maiores.

Aqui, de novo, o mercado começa a balançar entre o quanto se espera de “responsabilidade” ou “irresponsabilidade” do Banco Central.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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