Mercados reagem à vitória de Biden e têm forte alta

O início da semana deve ser marcado pelos investidores comemorando a vitória do democrata Joe Biden nos Estados Unidos. Na semana passada, à medida que a vantagem do democrata aumentava em relação ao presidente Donald Trump, os investidores comemoravam e a Bolsa subia. Hoje, vai ser o primeiro dia de otimismo com a vitória confirmada. Às 09h10, o Ibovespa futuro registrava valorização de 3,23%, aos 104.415 pontos.

No sábado, a agência de notícias Associated Press e outros veículos declararam que Biden havia obtido 270 colégios eleitorais necessários para se tornar o presidente dos Estados Unidos. No entanto, o anúncio oficial só deve ser feito em dezembro, pois o sistema eleitoral no país é bem complexo e tem várias fases. Os analistas políticos e as agências de notícias não esperam reversão de resultado. Trump não assumiu a derrota e continua tentando questionar o resultado e pedir recontagem de votos em algumas regiões.

No discurso de vitória, Biden prometeu um pacote de ajuda substancial para ajudar o país. No entanto, o fato dos democratas não serem maioria no Senado pode dificultar os planos do novo presidente.

Além disso, o forte avanço do coronavírus na Europa e nos EUA continua preocupando os investidores.

Por aqui, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o IPC-S de 7 de novembro ficou em 0,59%, 0,06 ponto porcentual abaixo do verificado na divulgação anterior. Com isso, o índice acumula alta de 3,69% no ano e de 4,49% nos últimos 12 meses.

De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, os analistas aumentaram a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, de 3,02% na semana passada para 3,30%. Para 2021, o indicador subiu para 3,17%, ante 3,11%. Para o PIB, a projeção passou de queda de 4,81% para recuo de 4,80% este ano. Para o ano que vem, as estimativas ficaram em 3,50%. Para a Selic, as projeções foram mantidas para este e o próximo ano em 2% e 2,75%, respectivamente.

Do lado corporativo, a M. Dias Branco reportou lucro líquido de R$ 265 milhões no terceiro trimestre do ano, um avanço de 97,3% ante o mesmo período de 2019.

A SLC registrou prejuízo de R$ 35,7 milhões, recuo de 63,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

No final do dia estão previstos os resultados do Magazine Luiza e da BRF.

Em Nova York, o índice futuro do Dow Jones registrava alta de 4,71%.