Tecnologia
Ministério da Justiça autoriza uso de IA em presídios brasileiros
80 raios X com IA serão implementados em presídios a fim de melhorar a segurança e reduzir itens proibidos.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública está avançando no uso de tecnologia para aprimorar a segurança dos presídios brasileiros. Em um movimento inovador, a pasta anunciou a compra de 80 aparelhos de raios X equipados com inteligência artificial.
A medida visa diminuir a entrada de armas, drogas e outros itens proibidos nos presídios. Essa aquisição promete reforçar a segurança em unidades prisionais distribuídas por todo o Brasil.
Coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a iniciativa distribuirá os equipamentos para todas as unidades estaduais e cinco federais.
A utilização de tecnologia de ponta é vista como um passo essencial para fortalecer a segurança no sistema penitenciário.
Novos raios X para o sistema prisional
Os aparelhos de raios X possuem um túnel de 40×60 centímetros, permitindo uma visualização tridimensional dos objetos inspecionados. A inteligência artificial presente nesses dispositivos auxilia na detecção de itens proibidos, aprimorando a eficiência das inspeções.
Esta tecnologia já demonstrou alta precisão em detectar explosivos, conforme estudos recentes.
A Senappen estipulou que a análise das imagens deverá ocorrer sem processamento prévio, garantindo fidelidade e rapidez nos resultados. A identificação de objetos suspeitos deve ser realizada em até dois segundos.
Além disso, espera-se que o sistema consiga aprender com o tempo, melhorando sua capacidade de reconhecimento de ameaças.
Distribuição e demanda
A distribuição dos equipamentos foi planejada para atender às unidades prisionais com maior necessidade imediata. Serão contemplados todos os estados e o Distrito Federal, divididos em quatro lotes que consideram critérios de segurança e população carcerária.
- Lote 1: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Penitenciária Federal de Porto Velho.
- Lote 2: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Penitenciária Federal de Mossoró.
- Lote 3: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Penitenciária Federal de Brasília, Penitenciária Federal de Campo Grande, sede da Senappen.
- Lote 4: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Penitenciária Federal de Catanduvas.
Desafios e perspectivas
Apesar de adquirir apenas 15% da demanda total identificada, a expectativa é de que esses aparelhos representem um avanço significativo na segurança das prisões.
A decisão de não divulgar o valor da aquisição visa garantir uma melhor relação custo-benefício, evitando influenciar o processo licitatório.
Além disso, a implementação dessa tecnologia nos presídios brasileiros pode marcar uma nova era na segurança penitenciária, aumentando a eficiência e reduzindo os riscos associados à entrada de itens ilícitos nesses locais.
As expectativas são de que essa iniciativa sirva como modelo para futuras ações no setor.
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