Na calada da noite, iFood implementa nova taxa de serviço em todos os pedidos

O iFood, em um movimento discreto, passou a aplicar uma nova taxa de serviço de R$ 0,99 em todos os pedidos realizados na plataforma. Essa mudança, que entrou em vigor a partir de 25 de maio de 2025, visa cobrir custos operacionais e aprimorar a experiência de compra dos usuários.

Apesar da publicação de um discreto comunicado pela empresa, a ausência de uma notificação formal aos clientes sobre essa decisão causou uma onda de críticas nas redes sociais.

Com quase 110 milhões de pedidos mensais, o iFood tem a expectativa de arrecadar cerca de R$ 108,9 milhões com a nova taxa.

Detalhes das taxas cobradas

Essa cobrança, que já existia para pedidos de menor valor, agora é aplicada a todos os clientes, incluindo assinantes do Clube iFood. A prática, segundo a empresa, é comum no mercado global.

A partir de agora, os usuários do aplicativo terão que lidar com as seguintes cobranças:

O iFood já enfrentava críticas antes da introdução da nova taxa, especialmente em relação ao aumento de 15% na remuneração mínima dos entregadores. Na ocasião, a empresa garantiu que os preços dos pedidos não seriam afetados.

Contudo, a nova cobrança levanta questionamentos sobre a sustentabilidade econômica da plataforma e a satisfação dos seus usuários.

Repercussão nas redes e impactos econômicos

A introdução da taxa de serviço gerou descontentamento entre os usuários, muitos dos quais expressaram críticas nas redes sociais.

Alguns clientes passaram a buscar alternativas para evitar a cobrança, entrando em contato diretamente com os restaurantes para efetuar pedidos por telefone ou WhatsApp. No entanto, essa estratégia ainda está longe de ser um consenso entre os consumidores do aplicativo.

Além do impacto direto no bolso dos consumidores, a nova taxa do iFood levanta questões sobre a competitividade no mercado de delivery no Brasil. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) considera o iFood um monopólio, controlando cerca de 80% do setor.

No entanto, empresas como 99Food e a chinesa Meituan, com o aplicativo Keeta, estão de olho no mercado brasileiro, buscando espaço para conquistar os consumidores insatisfeitos.