Saúde
Não é filme de terror: ouvir vozes pode ser mais comum do que parece
Cientistas suíços desvendaram os segredos por trás das alucinações auditivas, um fenômeno muitas vezes relacionado a distúrbios psiquiátricos.
Recentes descobertas científicas lançam luz sobre o mistério das alucinações auditivas, um fenômeno frequentemente associado a distúrbios psiquiátricos.
Pesquisadores suíços conduziram um estudo inovador, utilizando um método que envolveu sensações táteis ilusórias para investigar as raízes das alucinações auditivas.
Os resultados mostram como o cérebro humano lida com sinais contraditórios do ambiente e como essas experiências podem ocorrer em uma variedade de indivíduos.
Há alguns anos, pesquisadores na Suíça descobriram uma maneira de induzir alucinações sem recorrer a substâncias como o LSD ou câmaras de privação sensorial.
Eles conduziram experimentos nos quais os participantes, sentados em uma cadeira, eram solicitados a pressionar um botão que, após um breve intervalo, fazia com que uma haste tocasse suavemente suas costas.
Com a repetição desses estímulos, os voluntários começaram a relatar a sensação de presença atrás deles.
Diante da desconexão entre suas ações e suas percepções sensoriais, suas mentes criaram uma explicação alternativa: a presença de alguém na sala.
Em um novo estudo publicado na revista Psychological Medicine, os pesquisadores do mesmo laboratório utilizaram essa abordagem para investigar um tipo diferente de alucinação: ouvir vozes.
Tudo tem uma explicação
Pesquisadores fizeram descobertas notáveis sobre as alucinações auditivas, revelando que essas experiências podem ser desencadeadas por uma desconexão entre as ações e percepções sensoriais no cérebro.
O estudo suíço mostrou que os participantes eram mais propensos a relatar a audição de vozes quando havia um atraso entre o acionamento de um botão e o toque de uma haste em suas costas, indicando que as raízes das alucinações podem estar ligadas ao processamento de sinais contraditórios.
De acordo com Pavo Orepic, pesquisador da Universidade de Genebra, ouvir vozes é mais comum do que se imagina, com cerca de 5% a 10% da população geral relatando essa experiência em algum momento de suas vidas.
O estudo envolveu sessões em que os participantes pressionavam um botão para acionar um toque em suas costas e ouviam gravações de ruído rosa.
A pesquisa revelou que, quando os participantes já experimentavam a sensação de uma presença fantasmagórica, eram mais propensos a acreditar que tinham ouvido uma voz, mesmo quando não havia voz real reproduzida.
Curiosamente, mesmo os participantes sem atraso no toque ocasionalmente relataram ouvir vozes inexistentes, especialmente se tivessem ouvido trechos de sua própria voz anteriormente.
Isso levanta a possibilidade de que o cérebro possa estar associando a sensação de uma presença com a audição de vozes, demonstrando a complexidade desse fenômeno intrigante.

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