Economia
Não saia no prejuízo! Alto preço do azeite faz contrabando disparar; veja os cuidados
Produto ficou cerca de 50% mais caro em comparação ao ano passado.
Nos últimos meses, o Brasil tem registrado um aumento significativo na apreensão de azeite clandestino. Segundo a Receita Federal, somente até o final de julho deste ano, mais de 1 milhão de litros de azeite irregular foram interceptados no país, número que já se aproxima do total de 2022, que foi de 1,3 milhão de litros.
O crescimento das apreensões é reflexo direto da alta de preços do produto no mercado internacional, impulsionada pela escassez provocada por condições climáticas adversas, principalmente na Europa.
Azeite de oliva teve grande aumento no valor no último ano – Imagem: reprodução
Afinal, por que o azeite está tão caro?
O preço do azeite de oliva subiu cerca de 50% nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
Tal aumento é consequência das quebras de safra na Europa, em especial na Espanha, o maior produtor mundial de azeite.
As altas temperaturas nas regiões produtoras afetaram diretamente a colheita das azeitonas, resultando em uma queda de até 20% na produção do continente nos últimos dois anos.
Com a oferta limitada e a demanda em alta, o preço do azeite no mercado global disparou, tornando o produto ainda mais valioso.
A crescente alta nos preços tem impulsionado a entrada de azeite de origem suspeita no Brasil, com criminosos burlando os procedimentos legais de importação para sonegar impostos e lucrar com produtos de qualidade duvidosa, o que representa uma violação das leis fiscais e um risco à saúde pública.
A Receita Federal respondeu intensificando operações de repressão ao contrabando, destacando-se o estado do Paraná, que apreendeu 826 mil litros de azeite clandestino em 2023, com São Paulo e Mato Grosso do Sul seguindo com 117 mil e 53 mil litros, respectivamente.
Os perigos associados ao azeite clandestino são graves, especialmente devido à falta de controle sobre sua composição.
O Ministério da Agricultura e Pecuária alerta que fraudes frequentemente envolvem misturas de azeite com óleos não comestíveis, como o azeite lampante, impróprio para consumo por sua alta acidez e impurezas.
Além do mais, o azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado globalmente, o que levanta preocupações sobre a segurança alimentar, uma vez que adulterações podem incluir corantes e conservantes não indicados nos rótulos.
Como se proteger ao comprar azeite
Para evitar cair em golpes e garantir a compra de um azeite de qualidade, é importante adotar algumas precauções:
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Desconfie de preços muito baixos: o azeite de oliva é um produto caro de produzir, portanto, ofertas com preços muito abaixo da média devem ser vistas com cautela;
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Verifique o rótulo: prefira azeites de marcas conhecidas e verifique se o produto foi produzido e envasado no mesmo local, o que reduz o risco de adulterações;
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Atente à data de envase: mercadorias com data de envase mais recente tendem a ser mais frescos, mantendo melhor suas propriedades;
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Consulte listas oficiais: o Ministério da Agricultura publica regularmente listas de produtos retirados do mercado por fraude. Essas informações estão disponíveis no site do órgão;
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Evite comprar azeite a granel: comprar azeite sem procedência ou em embalagens reutilizadas pode ser um risco, tanto em termos de qualidade quanto de segurança;
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Avalie pelo paladar: quem já tem familiaridade com azeites de qualidade pode identificar características como frescor, amargor e picância, que indicam um produto autêntico.
Com ações intensificadas da Receita Federal e do Ministério da Agricultura, muitos desses produtos fraudulentos têm sido retirados de circulação, mas o risco ainda existe.
Adotar práticas de consumo consciente e estar atento aos sinais de fraude são fundamentais para garantir a segurança e a qualidade do azeite que chega à sua mesa.
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