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Commodities

Navio com 38 mil toneladas de soja dos EUA segue para o Brasil a partir da Costa do Golfo

O embarque é pouco usual, visto que os EUA são o segundo maior exportador global de soja, enquanto o Brasil é o principal fornecedor da oleaginosa.

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Um terminal de exportação de grãos dos Estados Unidos próximo de Baton Rouge, em Louisiana, embarcou na segunda-feira aproximadamente 38 mil toneladas de soja norte-americana em um navio graneleiro rumo ao Brasil, conforme dados da agência portuária local vistos pela Reuters.

O embarque é pouco usual, visto que os EUA são o segundo maior exportador global de soja, enquanto o Brasil é o principal fornecedor da oleaginosa, e ocorre em momento em que o país sul-americano lida com uma alta nos preços dos alimentos.

Segundo dados do Refinitiv Eikon, o navio Discoverer chegou ao terminal portuário Louis Dreyfus Port Allen, em Louisiana, ao longo do rio Mississippi, na manhã de segunda-feira.

O Discoverer pode carregar cerca de metade da carga dos grandes navios Panamax, utilizados para levar embarques de 60 mil a 70 mil toneladas de uma única vez para grandes importadores como a China.

Até o momento, a Louis Dreyfus não respondeu a um e-mail pedindo comentários. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil estava importando soja e arroz.

O Brasil suspendeu temporariamente no mês passado as tarifas sobre importações de milho, soja e produtos de soja de fora do Mercosul. A medida é uma tentativa de conter a inflação no país.

Meses de exportações recorde de soja do Brasil para a China neste ano reduziram a oferta doméstica do grão, e uma oferta significativa da próxima safra não chegará antes de janeiro.

Das cerca de 56,3 milhões de toneladas de soja importadas pela China entre abril e setembro deste ano, 48,9 milhões de toneladas, o que corresponde a 86% do total, foram do Brasil.

O embarque de exportação de 38 mil toneladas de soja dos EUA para o Brasil representa a maior transação do tipo desde 1997, quando o país importou mais de 600 mil toneladas da oleaginosa dos EUA, segundo dados do Censo dos EUA.

A Abiove, associação da indústria de processamento de soja do Brasil, afirmou na última semana que os grãos originários dos EUA devem ser usados para processamento interno no Brasil. No entanto, importações em maiores quantidades exigiriam aprovação para certas sojas geneticamente modificadas que são autorizadas nos EUA, mas não no Brasil.

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