Ações, Units e ETF's
Novos investidores buscam alternativas para continuar na bolsa
Após ingressar em massa na B3, segmento hoje enfrenta Selic alta e toda sorte de riscos
Após ingressarem empolgados na B3, sobretudo na primeira parte do ano, os mais de 3,2 milhões de investidores hoje enfrentam um cenário complexo e imprevisível, com direito a riscos políticos, fiscais e econômicos, que redundam em alta de juros, o que leva a ‘remigração’ de muitas aplicações para a previsível renda fixa.
Queda livre – Essa preocupação tornou-se mais intensa, à medida que o Ibovespa entrava em queda livre, ao bater forte, na semana passada, o piso dos 108 mil pontos, pior patamar do ano, a reboque da crise precipitada pela incorporadora chinesa Evergrande, dona de uma dívida astronômica de US$ 300 bilhões, mas também detonada por riscos fiscais e políticos persistentes, a exemplo do conflito entre poderes, sob o plano de fundo eleitoral; agenda econômica lenta no Congresso, juros em alta firme e crise hídrica, para ficar nos mais relevantes.
Pandemia não assustou – Interessante notar que, a despeito da pandemia, o número de investidores continuou a crescer, pois no biênio de 2018 e 2019, o conjunto de pessoas físicas na bolsa brasileira havia chegado a 1,4 milhão.
Migração vertiginosa – Como no início deste ano, a taxa básica de juros (Selic) estava no patamar de 2% ao ano, a migração de CPFs das aplicações de renda fixa (basicamente poupança e títulos públicos) para variável ocorreu de forma vertiginosa, fazendo com que o primeiro semestre do ano (1S21) apresentasse crescimento 43% no número de novos investidores, no comparativo anual.
Alta da Selic – Para o grupo iniciante, a queda abrupta da bolsa causou muita apreensão, pois não havia indicação de quando o viés negativo teria paradeiro, em razão de inúmeros fatores, em especial a alta da Selic, já projetada para além dos 8% ao cabo de 2021.
Calma nessa hora – Frente a esse quadro desafiador, o presidente da gestora de investimentos Finacap, Luiz Fernando Araújo, entende ser fundamental mostrar ao investidor que ele não deve mudar sua posição (de suas aplicações) de forma ‘reativa’, seja pela alta da Selic ou por qualquer outro fator.
Longo prazo – Mesmo admitindo que “a tendência natural do ser humano é agir por reflexo e sair do risco, nesses momentos de notícias mais preocupantes”, Araújo explica que seu “trabalho é justamente acalmar o cliente e lembrar que é preciso seguir o planejamento financeiro de longo prazo”.
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