O empréstimo para os beneficiados do Auxílio Brasil pode chegar ao fim: entenda

Foi implantada, em 2022, a possibilidade de instituições financeiras oferecerem empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil. No entanto, essa possibilidade pode estar chegando perto do seu fim.

O que traz preocupação aos beneficiários que optaram por contratar o empréstimo são as consequências que o fim dessa modalidade de consignado pode trazer.

Será necessário devolver às instituições bancárias o valor recebido se a modalidade de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil acabar?

Quem sugere que o crédito consignado chegue ao fim são membros da equipe de transição do governo petista em um relatório enviado a Lula (PT). Um dos principais motivos para que seja sugerido esse cancelamento é porque ele compromete parte da renda das famílias mais pobres.

Isso porque essa modalidade de empréstimo permite que o valor das parcelas seja descontado diretamente do benefício, atualmente, do Auxílio Brasil, que irá se chamar Bolsa Família em 2023.

Dessa maneira, a equipe da área de desenvolvimento social acredita que existem diversos motivos para que esse tipo de modalidade de empréstimo chegue ao fim. No entanto, a decisão final sobre a continuidade do crédito consignado está nas mãos de Lula e dos ministros.

Sobre o empréstimo, mesmo que o novo governo opte para que chegue ao fim, os contratos que estão vigentes deverão continuar. Dessa maneira, nenhuma das famílias deverá devolver o dinheiro à instituição, mas, os descontos mensais deverão continuar até que o empréstimo seja quitado.

Além disso, as regras desse consignado afirmam que, mesmo que o responsável pelo pedido de empréstimo saia do programa social, ele deverá continuar pagando as parcelas do empréstimo.

Com o fim do programa de empréstimo para esses beneficiários, o que será proibido será o fechamento de novos contratos.

O relatório da equipe de desenvolvimento social

No relatório enviado ao presidente eleito, é informado que esse empréstimo consignado dedicado aos beneficiados pelo programa social acaba aumentando a desigualdade no Brasil.

Isso porque retira um dinheiro que seria dedicado à renda de uma família em situação de vulnerabilidade e o insere no mercado financeiro.

Em um trecho do relatório está descrito que “Trata-se de uma desproteção social futura, com transferência de valores substanciais da renda dessas famílias para o sistema financeiro“.