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Finanças

O que ninguém te conta sobre os juros do cartão de crédito

Desde 2024, os juros do cartão rotativo não podem ultrapassar 100% da dívida. Entenda o que muda e como evitar cobranças abusivas.

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Desde o início de 2024, uma mudança importante passou a valer para milhões de brasileiros: os juros do rotativo do cartão de crédito agora têm um teto. A nova regra, prevista no programa Desenrola Brasil e determinada pela Lei nº 14.690/2023, impede que os encargos ultrapassem 100% da dívida original. Isso significa que, se você deve R$ 300, o valor total da dívida — já com os juros — não poderá passar de R$ 600.

A medida veio como resposta aos altos índices de inadimplência e à taxa média de juros do rotativo que, em 2023, chegava a impressionantes 430% ao ano. Apesar de a mudança ter entrado em vigor há alguns meses, ainda há desconhecimento sobre o tema, e órgãos de defesa do consumidor, como o Procon SC, têm recebido reclamações de cobranças indevidas.

Como funciona o rotativo e o que mudou

Embora o rotativo do cartão tenha ficado menos perigoso, ele ainda exige atenção. (Foto: Proxima Studio/Canva Pro)

O cartão de crédito rotativo é acionado quando o consumidor não paga o valor total da fatura e deixa o restante para o mês seguinte. O banco transforma esse valor em um empréstimo e cobra juros.

Com a nova regra, porém, os juros somados não podem ultrapassar o valor da dívida inicial, independentemente do prazo ou do valor da parcela paga.

Além disso, o Desenrola Brasil também estimula a portabilidade da dívida do cartão de crédito. Isso significa que o consumidor pode transferir o débito para outro banco com juros mais baixos — uma alternativa que busca incentivar a concorrência e dar mais opções a quem está endividado.

Cuidados essenciais com o cartão de crédito

Mesmo com as novas regras, o cartão de crédito continua exigindo atenção. Para evitar o rotativo e suas consequências, é essencial ter controle financeiro e sempre priorizar o pagamento total da fatura.

Do mesmo modo, outra dica é acompanhar os gastos com frequência, usando aplicativos de controle ou notificações do próprio banco. Também vale a pena definir limites de uso mensais, planejar despesas fixas e evitar compras por impulso, especialmente em momentos de instabilidade financeira.

Por fim, em caso de dúvidas sobre os juros ou suspeita de cobrança abusiva, é importante acionar o Procon de sua região. O cartão pode ser um aliado do consumo consciente — desde que usado com responsabilidade, planejamento e dentro do orçamento mensal.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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