O salário mínimo no último ano do governo Bolsonaro chama atenção

Em 2022, os reajustes salariais obtidos por meio de acordos e convenções coletivas ficaram abaixo da inflação. Apenas, aproximadamente, 25% ficaram acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e 34% mantiveram a igualdade com os aumentos dos preços.

Além de apontar a inflação, o INPC também regula os reajustes salariais do salário mínimo, pensões e aposentadoria. Ano passado apresentou o valor de 5,93% em alta.

O reajuste acima do INPC nos salários dos trabalhadores se faz necessário para que o poder de compra não fique reduzido de acordo com a inflação.

Salários médios

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou uma pesquisa onde mostra que o salário médio dos brasileiros ficou em R$ 1.547,98 em 2022, ainda sob o governo de Jair Bolsonaro.

As categorias do recorte econômico serviço, indústria, comércio e rural, teve como principal beneficiário a categoria de serviços, segundo a pesquisa do departamento, correspondendo a mais de 69% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Em indústria, o reajuste terminou acima da inflação marcando 32,6%: 28,7% das negociações ficaram abaixo no INPC, mas 38,7% se igualou. E, no comércio, 51,4% ficou equivalente ao INPC, 26,6% ficou abaixo e apenas 21,9% terminou acima, tendo destaque negativo comparado aos outros.

Piso salarial

O piso salarial, em ordem decrescente, desses principais setores foi:

• Serviços – R$ 1.575,20
• Indústria – R$ 1.544,42
• Comércio – R$ 1.483,74
• Rural – R$ 1.467,75

Além disso, o piso salarial de cada região do Brasil também foi levantado pelo Dieese de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

• Região Sul – R$ 1.596,22
• Região Sudeste – R$ 1.588,84
• Região Centro-Oeste – R$ 1.452,81
• Região Norte – R$ 1.428,69
• Região Nordeste – R$ 1.403,46