Economia
Oi, reduflação! Entenda por que produtos encolhem e preços não param de subir
Consumidores brasileiros enfrentam ‘reduflação’ e fato exige atenção para evitar prejuízos.
Nos últimos anos, os brasileiros têm enfrentado um desafio inesperado nos supermercados: a reduflação.
Esse fenômeno, que envolve a diminuição do peso ou alteração na formulação de produtos sem redução de preço, ou até com aumento, preocupa os consumidores.
Embora a inflação tenha desacelerado, seus efeitos ainda são sentidos nas prateleiras. Casos emblemáticos, como a substituição do leite condensado por “mistura láctea”, destacam essa tendência.
Produtos básicos, como barras de chocolate e pães de forma, também são frequentemente alvo desse ajuste. O impacto não é apenas na quantidade, mas no valor final pago pelo consumidor.
Produtos no mercado podem causar surpresa nos consumidores – Imagem: Hanson Lu/Unsplash
Estudos da consultoria Horus indicam que várias categorias passaram por reduções. O sabão em pó, por exemplo, teve um aumento de 20% no preço, enquanto seu volume caiu 5,4% entre julho de 2021 e julho de 2022.
O achocolatado não ficou de fora, com preços que subiram 9,9%, mas o volume caiu 6,4%.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) aponta a diminuição do poder de compra, de cerca de 30% nos últimos cinco anos, como fator-chave para a reduflação.
É assim que empresas buscam manter a competitividade sem elevar os preços de modo explícito, um reflexo direto do cenário inflacionário.
Legislação e desafios envolvendo reduflação
No Brasil, a lei permite que empresas alterem produtos desde que informem isso claramente aos consumidores.
O Código de Defesa do Consumidor e a Portaria 392 exigem avisos visíveis sobre mudanças durante, ao menos, seis meses em embalagens, inclusive com letras maiúsculas e cores contrastantes.
Apesar da existência dessas normas, o Idec ainda observa práticas desleais nas quais as empresas utilizam embalagens quase idênticas para ocultar alterações.
Em 2022, por exemplo, ações civis foram movidas contra grandes marcas por usarem embalagens enganosas para compostos lácteos, um exemplo de tentativa de burlar a lei.
Em suma, enquanto as empresas tentam equilibrar os custos, os consumidores devem estar atentos para evitar serem prejudicados. Denúncias de irregularidades podem ser feitas aos Procons ou pelo site Consumidor.gov.br para garantir práticas justas no mercado.

-
Economia1 dia atrás
Qual é a fortuna da mulher mais rica do mundo – e quem é ela?
-
Finanças15 horas atrás
Descubra por que esta moeda de 5 centavos pode valer uma fortuna
-
Tecnologia1 dia atrás
Não confie no ‘modo anônimo’: veja como realmente navegar com privacidade
-
Finanças8 horas atrás
Como identificar a nota de R$ 5 que vale mais que 1 salário mínimo?
-
Política1 dia atrás
Abandono afetivo é crime? Entenda o que diz a lei brasileira
-
Mundo2 dias atrás
Refeição em Nova York: quanto custa comer bem sem gastar muito?
-
Política13 horas atrás
Descubra quanto um deputado federal custa ao Brasil e como consultar esses valores
-
Empresas2 dias atrás
Queixas no Procon crescem 16%; veja empresas com mais reclamações