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Saúde

Otimismo na ciência! Novas descobertas indicam que a cura do Alzheimer pode estar próxima

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Novas abordagens do Alzheimer estão sendo descobertas por diferentes linhas de pesquisas científicas que podem culminar na cura doença.  

Os estudos focaram em diferentes sintomas e estudaram a origem deles antes do agravamento. Os cientistas chegaram a um nível de detalhamento nunca antes visto, o que alimenta a esperança de cura em futuro próximo.

Com os investimentos cada vez maiores, as pesquisas já começam a dar frutos. O professor da University College de Londres, John Hardy, estuda a doença há 30 anos e fez uma descoberta importante.  

Segundo ele, os pacientes com Alzheimer têm o cérebro envolvido por placas de proteína (beta-amiloide ou amiloides), que prejudicam a passagem de impulsos nervosos entre os neurônios.  

No caminho

Essa constatação, no entanto, ainda não é suficiente. É preciso ir além, porque já ficou comprovado que algumas pessoas com Alzheimer passam a vida sem expressar sintomas e a doença só é descoberta após a morte, durante a autópsia.

Além disso, os remédios que foram criados a partir dessa descoberta também não tiveram a eficácia esperada. Hardy conta que, no início, chegou a acreditar que o medicamento contra as placas amiloides seria uma “bala mágica”, mas é preciso descobrir mais coisas e seguir nesse caminho.

Células de defesa

Fora as placas de proteína, as suspeitas dos cientistas se direcionam também para a inflamação que o Alzheimer causa no cérebro.  

As autópsias feitas em pessoas que morreram com a doença encontraram não só as placas amiloides, mas também células de defesa que têm como função limpar o cérebro. Elas são chamadas de microglias.  

Os estudos mostraram que, com o tempo, essas células perdem a eficácia e se tornam parte do problema, pois começam a matar neurônios. Elas se tornaram um dos focos das investigações científicas.

Proteína Tau

Outra suspeita forte dos estudos gira em torno da proteína Tau, que formam emaranhados dentro dos neurônios. A grande maioria das pessoas que são acometidas pela doença tem esses emaranhados no cérebro.

A professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Cláudia Suemoto, explica que existe uma relação muito forte entre a Tau e a gravidade do Alzheimer e sintomas neuropsiquiátricos.

Sintomas

No estágio inicial, a doença costuma acometer a fala e a capacidade de executar tarefas simples do dia a dia, com comprometimento da coordenação motora. É muito comum entre os pacientes, nesse estágio, a constatação de quadros de agitação e insônia.  

Em um nível mais avançado, a doença causa deficiência motora, dificuldades para engolir, falar e se movimentar. Muitas vezes, o paciente não consegue sequer sair da cama.

Cura

Essas três descobertas sobre a doença são de extrema importância. Elas estão direcionando os trabalhos científicos para o período pré-sintoma.

Acredita-se que a descoberta da cura esteja no entendimento e compreensão dessas características comuns que surgem nas pessoas com Alzheimer.  

A cientista Malú Tansey aposta que a cura pode ser uma realidade dentro de 15 anos. “As descobertas de hoje são os medicamentos de amanhã”, diz ela.    

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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