Economia
Petrobras pode aumentar preço de gasolina e diesel
A imprensa e as distribuidoras afirmam que a multinacional brasileira deve aumentar seus preços para compensar a defasagem frente ao mercado internacional.
Atenção, condutores, preparem os bolsos, pois o preço da gasolina e do diesel pode subir ainda esta semana. Pelo menos é o que esperam as distribuidoras. Existem várias preocupações por parte da Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre a defasagem dos combustíveis em comparação ao mercado internacional.
Enquanto os postos brasileiros restringem as ofertas por conta do cenário atual, a diferença entre os montantes cobrados pela gasolina nacionalmente chega a 26%, se compararmos com as cotações no exterior. Já o diesel se encontra na casa dos 30%.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobrás, estaria inclusive envolvido nas negociações sobre o possível aumento, mas especialistas afirmam que o real motivo para esse reajuste não seria pôr fim à defasagem citada antes.
Com tamanha repercussão, a empresa divulgou uma nota para a imprensa informando que não antecipa decisões dessa natureza, ou seja, sobre correção de valores. Mas, em julho, havia comunicado que estava monitorando fatores como a volatilidade global, o acréscimo de preços do petróleo e os efeitos disso no mercado brasileiro.
Um balanço semestral negativo?
Segundo a Petrobrás, reajustes são algo normal e devem ser realizados “no curso normal de seus negócios”. No entanto, a situação pode ser mais complexa do que se imagina. De acordo com Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), os balanços negativos da firma mostram os impactos ruins da nova política de preços.
O gestor crê que a abrupta queda nos lucros se deve principalmente à defasagem de valores, se compararmos com o que está sendo praticado internacionalmente. O especialista vai ainda mais longe e afirma que os acionistas da multinacional brasileira estão sofrendo diversas perdas financeiras, e isso pode ter sérias consequências.
“Essa nova política de preços é refletida na queda da margem de refino [diferença da venda do derivado e do petróleo bruto]”, diz Rodrigues.
Por fim, as porcentagens de lucro que aparecem no último balanço, referente ao período do 2º trimestre, foram de R$ 28 bilhões, uma queda de 47% na comparação das cifras apresentadas em anos anteriores pela estatal. Por ora, é preciso aguardar mais informações sobre essa questão tão delicada e importante para a nação.
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