Plano safra com taxa de dois dígitos pode levar a forte crise

Sem sombra de dúvidas, o ano de 2022 acabou tornando-se um ano extremamente atípico devido às dinâmicas que acabaram ocorrendo antes e durante esse período. De fato, o ano de 2022 iniciou-se após dois anos de isolamento social devido a pandemia da Covid-19, além da grande conturbação em relação ao brent de petróleo oriundo do conflito no leste europeu entre Rússia e Ucrânia.

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Nesse sentido, o ano de 2022 passou a vivenciar uma dinâmica de preços elevados, produções elevadas, inflação e crise econômica. Dessa maneira, automaticamente, torna-se necessário que o Plano Safra de 2022/2023 seja um Plano robusto, tanto no que diz respeito às taxas de juros, quanto ao volume de recursos que será ofertado. Além disso, vale ressaltar que essa é a opinião do diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi.

Por conseguinte, de acordo com Lucchi, a CNA vem enfatizando no debate acerca da taxa de juros do Plano Safra com os os ministérios da Agricultura e da Economia e a Casa Civil, um valor que seja abaixo dos 10% ao ano.

Isso se dá, de acordo com o diretor, devido ao fato de que o produtor vem acumulando uma série de custos mais elevados. Portanto, pode acabar ocorrendo uma crise mais forte no setor no próximo ano devido às taxas elevadas de dois dígitos no Plano safra, caso passe dos 10%.

“A taxa bancária hoje varia entre 12% e 19%. São taxas muito altas, comparadas ao que a gente tem no Plano Safra vigente, que é de 3% a 7% no custeio. Mais do mais do que nunca, esse plano é essencial para nortear a manutenção dos pacotes tecnológicos que a gente tem no campo”, afirma.