Preço do algodão sobe, mesmo com exportações mais lentas

O mercado de algodão anda aquecido, apesar das inúmeras pressões. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação avançou 1,17% em novembro. No acumulado de 12 meses, o IPCA foi a 10,73%. E io setor de vestuário representou 1,59% no volume do referido mês.

Para a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), a alta da commodity fez com que fosse necessário reajustar os preços dos custos da produção, mesmo com a queda no consumo de roupas. As vendas externas, aliás, apresentam-se mais lentas, o que pode ser justificado pela dificuldade logística com contêineres e espaços no navio.

Pelo levantamento da BBM, o algodão em pluma em São Paulo, nesta segunda (29), avançou 6% na comparação com os últimos 30 dias, e fechou em R$ 6,26 por libra-peso. Pelo Cepea, até a última sexta, a variação mensal foi de 6,57% acima, quando fechou em R$ 6,33 libra-peso.

O setor também comemora o beneficiamento da safra 2020/21, que avançou sete pontos porcentuais em sete dias e atingiu, na última quinta-feira, 95% da produção estimada, de acordo com o boletim semanal da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Os Estados que ainda não concluíram o beneficiamento são: Minas Gerais (99%), Mato Grosso (96%), Bahia (93,5%), Tocantins (93,5%) e Maranhão (74%).

Ainda segundo a associação, as exportações da safra 2020/21 somaram 142,7 mil toneladas nas três primeiras semanas de novembro. A média diária de embarque é 28% inferior na comparação com o mesmo período do ano passado. A associação prevê cultivo de 1,53 milhão de hectares com algodão na safra atual, com produção estimada em 2,79 milhões de toneladas de pluma.