Produção de farelo de soja pode crescer 4 milhões de ton

Caso se acrescente 14%, em janeiro próximo, e 15%, dois meses depois,  à mistura de biodiesel ao diesel, seria possível aumentar em 4 milhões de toneladas o volume de farelo de soja à produção nacional em 2023, que passaria a 43 milhões de toneladas, estimou, nessa segunda-feira (28) a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Entretanto, na última semana, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu manter em 10% a citada mistura, pelo menos, até o primeiro trimestre do ano que vem, o que desagradou produtores de biodiesel, que esperavam um prazo mais dilatado para essa alternativa.

Tal como uma engrenagem, ao ser produzido por esmagamento de soja, o biodiesel acaba beneficiando de forma indireta a produção de carnes, uma vez o maior processamento da oleaginosa contribui para produzir mais farelo de soja, umas das principais matérias-primas da ração de suínos e de aves.

Ao mesmo tempo, o incremento da mistura do biodiesel, no próximo ano, pode elevar em mais de 1 milhão de toneladas a produção de óleo de soja, totalizando 11,3 milhões de toneladas.

Na última sexta-feira (25), o presidente Bolsonaro decidiu vetar parcialmente a decisão do CNPE, no sentido de invalidar a autorização para que fossem incluídas novas rotas de biodiesel no programa RenovaBio, embora tenha sido preservada a proporção de 10% à mistura, de janeiro a março do ano que vem.