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Saúde

Quanto calor o corpo humano pode realmente aguentar?

O organismo humano também possui limites que, quando ultrapassados, podem gerar sérias consequências. Saiba tudo agora.

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O hemisfério norte do mundo foi castigado com intensas ondas de calor na última semana, e as temperaturas globais atingiram níveis recordes, segundo os termômetros. Com isso, os debates sobre como essas condições climáticas afetam a saúde humana tornam-se cada vez mais frequentes.

Segundo um estudo recente, o nosso corpo deixa de funcionar como deveria quando os índices térmicos ultrapassam a marca de 40ºC. Os dados que indicam isso são oriundos de um trabalho acadêmico apresentado no encontro anual da Sociedade de Biologia Experimental, que ocorreu na Escócia (UK).

De acordo com a pesquisa, sugere-se que marcas entre 40ºC e 50ºC conseguem promover alterações na taxa metabólica em repouso, fator que, por sua vez, indica uma quantidade necessária para o bom funcionamento de nossas funções internas.

O que acontece quando alguém é exposto ao calor extremo por muito tempo?

Os acadêmicos descobriram que, quando situações semelhantes acontecem, a respiração tende a ficar mais pesada e os batimentos do coração se aceleram. Desse modo, caso o corpo não consiga contrabalançar as altas temperaturas, a pessoa pode ser acometida por dores de cabeça, náuseas, enjoos e desmaios.

O organismo humano é bom em se adaptar ao calor até um certo ponto“, expliciou Lewis Halsey, professor da Universidade de Roehampton e principal autor do trabalho.

Durante os primeiros experimentos realizados por Halsey, no ano de 2021, foram selecionados 13 adultos com menos de 60 anos. Esses voluntários se expuseram a temperaturas distintas por uma hora. Assim, os cientistas puderam medir os níveis das taxas metabólicas, a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos, a respiração e os demais dados.

Logo, descobriu-se que os índices pertinentes ao metabolismo começam a se alterar a partir dos 40 ºC. Inclusive, os acadêmicos também acabaram descobrindo mais sobre a função do suor, inclusive que em situações extremas ele pode não ser tão eficiente para refrescar as estruturas corporais.

Ser capaz de suar é uma espécie de superpoder“, afirmou Halsey, durante a conferência. “Exceto quando a umidade do ar é muito alta e o mecanismo da transpiração deixa de funcionar porque o suor não tem para onde ir. Ele apenas se acumula na pele“, completou.

Segundo o estudioso, caso os voluntários tivessem ficado em um ambiente beirando os 50 °C e com 50% de umidade por longos períodos de tempo, todos faleceriam devido a tais condições extremas para a biologia humana atual.

“No fim, eles acabariam morrendo porque sua temperatura corporal subiria cada vez mais”, disse, e o corpo estaria em um esforço intenso para baixar o calor.”

Por fim, na última quinta-feira (24), Halsey mostrou os resultados do seu trabalho mais recente, que envolvia 24 indivíduos, alguns dos quais participaram da sua pesquisa anterior. Agora, através de eletrocardiogramas ou ultrassom cardíaco, ele avaliou a capacidade cardiovascular em ambientes a 50ºC e 25% de umidade.

Com isso, pode-se descobrir que mulheres são mais afetadas do que homens, pois os seus batimentos subiram mais do que no sexo oposto. Esse fenômeno sugere que o organismo feminino seria mais atingido pelo calor do que o masculino.

Na divulgação do trabalho, ele afirmou:

“Estamos paulatinamente tentando entender como o organismo responde ao calor, o quanto pode se adaptar, os limites dessa adaptação e, o mais importante, como essas respostas podem variar entre indivíduos.”

E concluiu:

“Num mundo cada vez mais quente, esse conhecimento é extremamente importante.”

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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