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Economia

Quanto é preciso ganhar para fazer parte da classe média brasileira? Veja números e desafios

Veja quanto ganha a classe média no Brasil, os critérios usados para defini-la e como ela impacta a economia.

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A classe média no Brasil é composta por famílias que possuem um padrão de vida acima da linha da pobreza, mas que não alcançam os critérios de alta renda. Esse grupo social desempenha um papel importante na economia, pois sustenta boa parte do consumo e influenciando políticas públicas, especialmente em áreas como educação e saúde.

Entretanto, definir exatamente quanto ganha a classe média é uma tarefa desafiadora. As diferenças regionais, o custo de vida e as oscilações econômicas tornam difícil estabelecer um número fixo que abranja toda a população. Por isso, as definições costumam variar de acordo com os critérios utilizados por diferentes instituições.

Faixa de renda da classe média

A classe média brasileira tem renda domiciliar per capita entre R$ 1.926 e R$ 8.303, com forte impacto no consumo. (Foto: Deane Bayas/Pexels)

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda domiciliar per capita que caracteriza a classe média varia entre R$ 1.926 e R$ 8.303 por mês.

Essa faixa de renda considera o ganho por pessoa dentro de um domicílio, o que significa que famílias maiores podem precisar de uma renda total maior para se enquadrarem nesse grupo.

Por exemplo, uma família com quatro pessoas e uma renda mensal de R$ 7.700 não estaria dentro da classe média, uma vez que o valor per capita seria de R$ 1.925, abaixo do limite inferior.

Esses números ajudam a traçar um panorama, mas não capturam as diferenças que surgem em diferentes regiões do país, onde o custo de vida varia significativamente.

Os tipos de classe no Brasil

Para entender melhor a classe média, é necessário considerar como as classes sociais são distribuídas no Brasil.

De acordo com dados divulgados pelo C6 Bank, com base em levantamentos do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a população é dividida em seis classes principais, organizadas pela renda domiciliar per capita: A, B1, B2, C1, C2 e D/E.

  • Classe A: Com renda per capita superior a R$ 28.240, é composta pela elite econômica e de maior poder aquisitivo.
  • Classe B: Subdividida em B1 (R$ 12.683 a R$ 28.240) e B2 (R$ 7.017 a R$ 12.682), representa famílias com alto poder de consumo, mas abaixo da elite.
  • Classe C: Considerada a classe média, é dividida em C1 (R$ 3.980 a R$ 7.016) e C2 (R$ 2.403 a R$ 3.979), englobando uma ampla parcela da população que busca estabilidade econômica.
  • Classe D/E: Com renda per capita inferior a R$ 2.403, esta classe é composta por famílias em situação de maior vulnerabilidade.

Essa divisão ajuda a compreender como a renda é distribuída no Brasil, mas não exclui as disparidades regionais e os desafios econômicos enfrentados por cada grupo.

O impacto regional e as diferenças econômicas

O que é considerado classe média em uma capital como São Paulo pode não ser suficiente para o mesmo padrão de vida em uma cidade do interior.

Além disso, fatores como acesso a bens, escolaridade e segurança financeira influenciam na percepção de pertencimento a essa classe social.

Por isso, observar apenas a renda não é suficiente para definir a classe média de forma precisa. A composição do orçamento, a capacidade de poupar e o acesso a serviços essenciais também precisam ser considerados.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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