Conecte-se conosco

Economia

Reverendo Amilton de Paula chora durante CPI e pede perdão ao país

No depoimento, que durou mais de 7 horas, disse que cometeu um erro ao negociar vacinas

Publicado

em

Na sessão que marcou o retorno dos trabalhos após o recesso parlamentar, o representante da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), Amilton de Paula, prestou depoimento à CPI da Covid.

Leia mais: TSE pede ao STF que investigue Bolsonaro por declarações sobre eleições

O reverendo é uma peça chave na investigação, pois participou de negociação para uma suposta venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca, em um momento de escassez de doses de imunizantes em todo o mundo.

Durante o depoimento, chorou e disse que a instituição comandada por ele tinha “interesse humanitário” na negociação de vacinas e confirmou que a entidade receberia doações, caso o governo federal fechasse negócio com a Davati Medical Supply para a compra de imunizantes.

Amilton de Paula afirmou que “o maior erro foi abrir a porta da minha casa num momento que eu estava sofrendo a perda de um ente querido da família e eu queria vacina para o Brasil”. “Eu tenho culpa, sim”, confessou.

“Vendi meu carro, tudo que eu tinha para dar para a igreja. E esse erro que eu cometi, se eu pudesse voltar atrás, eu voltaria. Peço perdão para os senadores e se eu puder fazer algo para melhorar a vida de alguém… estou aqui para contribuir com o Brasil sempre”, concluiu.

Leia também: Em Curitiba, Damares visita Casa da Mulher Brasileira

Senadores disseram que o reverendo tinha interesses financeiros, afirmaram que ele mentiu à CPI e o chamaram de “estelionatário”.

A Davati Medical Supply, empresa envolvida nas acusações de propina na oferta de vacinas para o Ministério da Saúde, afirmou em nota que jamais enviou proposta ao governo brasileiro no valor de US$ 11. Segundo a empresa, a única oferta feita foi de US$ 10.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS