Selo de adjuvantes será aplicado em empresas brasileiras

Liderada pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o selo de certificação de funcionalidade do programa Adjuvantes da Pulverização foi uma iniciativa de caráter público-privado lançada recentemente e que será aplicada em seis empresas, sendo elas do Brasil e exterior.

Hamilton Ramos, diretor do CEA-IAC e coordenador do projeto de Adjuvantes para Pulverização em Jundiaí (SP), disse que a introdução do selo no mercado é para garantir a confiabilidade dos aditivos agrícolas no mercado brasileiro.

De acordo com o diretor do CEA-IAC, “adjuvantes auxiliam na eficácia e na segurança da pulverização e do controle fitossanitário, por apresentar efeitos como espalhante, umectante ou penetrante, entre outros. Associar um adjuvante de funcionalidade imprecisa a um defensivo de boa qualidade põe em xeque o investimento na lavoura”.

Além disso, adjuvantes agrícolas fabricados no Brasil não são registrados no Ministério da Agricultura, afirma Ramos. “Tais produtos não estão submetidos às rígidas exigências que regulam o setor de defensivos agrícolas, daí a necessidade de o próprio mercado buscar soluções para comprovar a funcionalidade das marcas de adjuvantes vendidas no País”, acrescenta.

Ramos ainda conclui: “Defendemos que critérios e métodos empregados na avaliação da funcionalidade de adjuvantes agrícolas sejam discutidos com fabricantes, pesquisadores e usuários dos produtos, no âmbito de câmaras técnicas como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O objetivo é desenvolver um conjunto de normas que respaldem um Sistema Oficial de Certificação, mas este processo leva tempo”.