Sem ovos de Páscoa! Crise da Americanas pode afetar a nossa festa deste ano?

A crise na Americanas continua sendo um dos principais assuntos do mercado financeiro. Uma das maiores varejistas do Brasil vem sofrendo desde que foi descoberto um rombo bilionário em seu orçamento.

De lá pra cá, a rede já sofreu diversos impactos. O último ameaçou ser sentido por todos os brasileiros que adoram economizar comprando seus ovos de Páscoa anualmente na rede varejista, famosa por oferecer chocolates a preços atrativos.

Entenda o que abala o estoque de chocolates da Americanas

Os fabricantes de chocolate quiseram que a Americanas realizasse o pagamento dos produtos fornecidos à vista. Essa exigência passou a acontecer quando a rede varejista entrou em recuperação judicial, cerca de um mês atrás, condição imposta para que os fornecedores mantivessem o abastecimento do estoque.

As vendas de chocolates, incluindo ovos de Páscoa, barras e caixas de bombom, representam 35% do faturamento da Americanas nessa época do ano. Por isso, segundo o diretor comercial Aleksandro Pereira, a rede precisou se esforçar para garantir que a negociação com os fornecedores avançasse, e o abastecimentos fosse reestabelecido.

O objetivo desse empenho tão grande é que ficar sem os chocolates entre fevereiro e março iria gerar um prejuízo milionário para a rede.

Com a mudança no prazo de pagamento, a Americanas deve receber o estoque de ovos e chocolates em tempo para começar a disponibilizar os produtos logo após o Carnaval. Dessa forma, a rede pretende vender 13 milhões de unidades, mesmo com uma redução de 10% no volume deste ano.

A importância da Páscoa para a Americanas é tão grande que chegou a ser citada pela empresa no pedido de recuperação judicial. A rede, que se orgulha de ser a maior varejista de ovos de Páscoa do mundo, citou que a crise poderia também afetar os preços do chocolate.

Por dentro da crise na Americanas

Há meses a Americanas vem sofrendo com uma crise gigantesca após o anúncio do rombo no valor de R$ 20 bilhões e a saída do ex-CEO Sergio Rial. Desde então, o mercado financeiro encontra-se instável, e seus papéis saíram do Ibovespa depois do anúncio da recuperação judicial e acumulam baixa de 90% em um mês.

Os investidores estão em alerta para o mercado de ações de varejo e a situação da Americanas ainda não está clara, mas, sem sombra de dúvidas, ainda haverá muitos capítulos dessa história.