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Saúde

Sinal 5G emite radiação? Veja se preocupação é real ou não passa de mito

A tecnologia 5G, recentemente implementada em algumas cidades do Reino Unido, gerou discussões sobre possíveis riscos à saúde decorrentes de sua radiação.

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A chegada do 5G promete revolucionar a conectividade, mas também levanta preocupações sobre a saúde. Desde abril, países como Coreia do Sul e Estados Unidos já utilizam essa tecnologia. No Brasil, a previsão é de que esteja disponível até 2023.

A nova geração de internet móvel utiliza ondas de rádio de frequência mais alta, aumentando a eficiência e a capacidade de conexão. Contudo, essa inovação trouxe à tona questionamentos sobre possíveis riscos à saúde, semelhantes aos que ocorreram com tecnologias anteriores.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) já abordaram o tema, classificando a radiação de radiofrequência como “possivelmente cancerígena”. Entretanto, as evidências não são conclusivas.

Ondas não-ionizantes: tecnologia e os riscos à saúde

Foto: Shutterstock

Os sinais 5G fazem uso de ondas de rádio não ionizantes, incapazes de causar danos celulares ou separar o DNA. Este fator diferencia as ondas de rádio de agentes mais perigosos, como raios X, que exigem controle rigoroso de exposição.

Em 2018, um estudo do Departamento de Saúde dos EUA relatou que ratos machos desenvolviam tumores quando expostos a altas doses de radiação. Contudo, esses resultados não são diretamente comparáveis à experiência humana.

O cientista Frank De Vocht destaca que, embora algumas pesquisas sugiram um aumento estatístico nos riscos de câncer para usuários intensivos de celular, a evidência não é forte o suficiente para justificar ações preventivas imediatas.

Para o funcionamento do 5G, é necessário instalar mais antenas em áreas urbanas. Apesar disso, cada transmissor opera em níveis de energia menores comparados ao 4G, o que pode diminuir a exposição à radiação. Dito isso, constata-se que:

  • A ICNIRP estabeleceu limites de segurança rigorosos para a exposição à radiação 5G.
  • O governo do Reino Unido garante que os níveis de exposição pública são inferiores aos recomendados.

Efeitos térmicos do 5G

Embora o 5G utilize espectros de micro-ondas, os níveis são baixos a ponto de não causarem aumento de temperatura perceptível, conforme explicado pelo professor Rodney Croft, da ICNIRP.

Ele ressalta que as diretrizes internacionais foram projetadas para garantir que a exposição humana continue segura, muito abaixo dos níveis prejudiciais.

Por tudo isso, ainda que a introdução do 5G possa elevar levemente a exposição geral às ondas de rádio, os níveis se mantêm dentro dos limites seguros.

Isso reforça a ideia de que a preocupação com riscos à saúde é, por enquanto, infundada, segundo especialistas e organismos internacionais.

Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, deu seus primeiros passos como redator júnior na agência experimental Inova. Dos estágios, atuou como assessor de comunicação na Assembleia Legislativa de Goiás e produtor de conteúdo na empresa VS3 Digital.

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