Sonecas de fim de semana: o excesso que sua saúde não curte

Quem é que não gosta de dormir até mais tarde durante os finais de semana? Para muitos, esses são os únicos dias em que é possível descansar de verdade, então, a tentação para dormir por um tempo maior é grande. Mas, sabia que essa prática pode trazer alguns riscos para a sua saúde?

Exatamente, ou pelo menos é o que dizem alguns especialistas da Inglaterra, em um estudo divulgado na última terça-feira (02/08) pelo European Journal of Nutrition. Segundo os cientistas do King’s College, situado em Londres, alterações de final de semana no relógio biológico podem causar inflamações intestinais.

Tal fato ocorre justamente por conta do tempo maior de repouso, que quando somado a outros hábitos nocivos, pode provocar modificações na microbiota intestinal, que por sua vez são associadas a males como o Alzheimer e o câncer.

Acordar 1h30 mais tarde do que de hábito já pode ser prejudicial. “Este é o primeiro estudo a mostrar que mesmo pequenas diferenças nos horários de sono podem aumentar a proporção de bactérias intestinais prejudiciais”, disse a nutricionista Wendy Hall, uma das autoras da pesquisa.

Dormir muito contribui para o aparecimento de doenças graves

Para chegar a este resultado, o levantamento utilizou amostras de 934 pessoas que realizam tratamento nutricional com uma instituição chamada ZOE Predict. Então, foram coletadas amostras de sangue e fezes dos indivíduos, para posterior análise.

Logo, as pessoas que dormiam a mais apresentavam alterações maiores, indicando prejuízos para a saúde. Esse hábito de ter mais tempo de sono durante os finais de semana é chamado popularmente de “jet lag social“.

Esse termo é o apelido que o comportamento de descontrole da rotina recebe. Ele é caracterizado pelo alto consumo de itens ultraprocessados e o abuso de substâncias como o álcool e até mesmo drogas. Os estudiosos afirmam que o sono a mais é a coroa desta “equação do mal“, que pode causar um aumento de até 6 bactérias nocivas ao intestino.

Por fim, a esmagadora maioria dos voluntários era composta de rapazes muito jovens. No entanto, os autores acreditam piamente que em torno de 40% da população possui hábitos iguais, de dormir ao menos 1 hora a mais no sábado e no domingo.