Commodities
Temor de recessão global e alta de estoques nos EUA ‘derrubam’ preço do petróleo
Tanto o barril do tipo WTI, quanto do Brent, tiveram queda de 2,4% na sessão dessa quinta-feira
Os temores de que uma provável recessão global poderia afetar a demanda por combustíveis fizeram com que os preços do petróleo atingissem, nessa quinta-feira (20), seu nível mais baixo desde o final de março último, isso sem contar com a elevação dos estoques de gasolina pelos Estados Unidos.
Frente a esse cenário incerto, o petróleo tipo Brent (referência global) fechou a US$ 81,10 dólares o barril, ao recuar US$ 2,02 dólares ou 2,4%, enquanto o tipo WTI (referência ianque) caiu os mesmos 2,4% ou US$ 1,87, passando a ser cotado a US$ 77,29 o barril. A preocupação quanto ao eventual início de um novo ciclo recessivo mundial pode ser apontada com uma das razões que determinam a atual volatilidade desse mercado, admite o diretor-executivo de futuros de energia da Mizuho, Bob Yawger.
No paralelo, chama a atenção do mercado o aumento moderado do número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana, como sinal de desaceleração daquele mercado de trabalho, no momento em que se completa um ano do movimento de alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed), o que levantou suspeitas de que haveria queda mais acentuada da demanda por combustível.
Para o especialista da Schneider Electric, Robbie Fraser, “os preços do petróleo continuam registrando uma semana decididamente de baixa, com as cotações da commodity retornando a maior parte do prêmio inicial obtido após os cortes adicionais anunciados pela Opep+”. Na avaliação de Fraser, porém, o relatório da entidade teve sentido misto, uma vez que os estoques de petróleo recuaram cerca de 4,58 milhões de barris na semana passada.
Além disso, na semana passada, os estoques de gasolina tiveram expansão súbita, em pelo menos 1,3 milhão de barris, totalizando 223,5 milhões de barris, conforme relatório divulgado ontem (19) pela Administração de Informação de Energia dos EUA. Entretanto, a demanda de gasolina registrou redução de 3,9%, no comparativo anual, para 8,5 milhões de barris por dia. Ao mesmo tempo, para analistas, deve ser breve a queda dos estoques de petróleo (para 8,5 milhões de barris) na terra do Tio Sam.
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