USDA reitera projeções de safra e exportações de soja do Brasil em 20/21, mas corta estoques nos EUA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reiterou nesta terça-feira suas projeções para safra e exportações de soja do Brasil em 2020/21, de acordo com relatório de oferta e demanda global divulgado mensalmente pelo órgão, que diminuiu estoques dos EUA, aumentando preços da commodity para máximas de contrato na bolsa de Chicago.

A colheita de soja do Brasil somará 133 milhões de toneladas na temporada, semelhante ao estimado no relatório de outubro, contra produção de 126 milhões de toneladas na safra passada, prevê o relatório.

As exportações de soja do Brasil, maior produtor e exportador global da oleaginosa, deverão chegar a 85 milhões de toneladas, volume também igual ao projetado em outubro, frente a estimativa de 92,24 milhões de toneladas na temporada 2019/20.

Cerca de 100 milhões de toneladas de soja desta temporada terão como destino a China, disse o USDA, também mantendo estável a projeção de outubro. Os chineses são os principais compradores da oleaginosa no mundo e maiores clientes do Brasil.

Já para o milho, o governo norte-americano espera safra 2020/21 do Brasil em 110 milhões de toneladas, mesmo patamar esperado no mês passado. A estimativa para os embarques do cereal também permaneceram iguais, em 39 milhões de toneladas.

Mas o USDA passou a ver os estoques de soja e milho dos EUA menores do que o estimado anteriormente, devido a menores expectativas com a colheita do país.

As projeções do governo norte-americano impulsionou a soja a máximas contratuais na bolsa de Chicago.