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Via Varejo está a meses de entregas no mesmo dia e financiamento de vendedores de marketplace
Empresa quer permitir que clientes realizem compras online e escolham retirá-las em lojas, por exemplo.
A Via Varejo, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio, está perto de conseguir permitir entregas de produtos comprados online no mesmo dia da compra e pode começar a financiar vendedores de seu marketplace no começo de 2021, afirmaram nesta quinta-feira executivos da empresa.
Noite da véspera, a companhia reportou lucro líquido de 590 milhões de reais no terceiro trimestre, contra prejuízo no mesmo período do ano anterior, e crescimento de 218,7% nas vendas de comércio eletrônico.
Em conferência online com analistas, o presidente da Via Varejo, Roberto Fulcherberguer, informou que “boa parte da nossa energia até agora estava em fazer o básico, colocar ordem na casa, e agora temos tempo para pensar muito além do varejo”.
“Estamos a poucos meses para destravamos…vamos começar a discutir ‘same day delivery’, seguramente mais para o final do primeiro semestre”. O que está faltando, disse Fulcherberguer, “são algumas camadas de tecnologia”, acrescentou.
A Via Varejo, controlada pela família Klein, fundadora da Casas Bahia, saiu do controle do GPA em meados do ano passado. Desde então, o grupo enfrentou uma reestruturação focada em diminuir a distância de concorrentes como Magazine Luiza e B2W no quesito de omnicanalidade de vendas, em que clientes podem realizar compras online e escolher retirá-las em lojas, por exemplo.
Dessa forma, nos últimos meses a Via Varejo vem atuando para aumentar a facilidade com que vendedores terceiros podem entrar em seu marketplace, medida que foi atrasada pela pandemia. De acordo com Fulcherberguer, a empresa passou a integrar 800 a mil vendedores por mês à sua plataforma, contra 100 há alguns meses.
Nesse meio tempo, seu banco digital Banqi, deverá ter estrutura até março de 2021 para oferecer financiamento para vendedores do marketplace. “No primeiro trimestre, vamos ter isso bem encaminhado. Poderemos finalizar os clientes deles e os próprios sellers”, disse o executivo.
Segundo Fulcherberguer, a empresa está analisando um plano de “racionalização” de sua malha de lojas físicas no Brasil, que envolve sobreposição de cerca de 100 pontos de venda e que podem vir a ser fechados para expandir a rentabilidade das lojas que continuarem em operação. Atualmente, a Via Varejo conta com mais de mil lojas físicas.
As vendas de outubro e novembro seguem forte apesar da redução do valor do auxílio emergencial pago pelo governo federal, sinalizou o executivo. “Estamos felizes com o que está acontecendo no quarto trimestre. Estamos bastante otimistas”, disse.
“Seguimos vendendo bem”, afirmou Fulcherberguer sobre um possível impacto da redução do auxílio sobre as vendas.
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