iFood aumenta aposta em mercearias adquirindo o SiteMercado

O iFood adquiriu o SiteMercado, intermediador de vendas online de mercados e mercearias, anunciou nesta quarta-feira a empresa, que vem aumentando sua atuação num ramo que cresceu bastante após a adoção de medidas de isolamento para conter o coronavírus.

O valor da transação não foi informado, mas o negócio mostra como grandes empresas de comércio eletrônico estão atuando para aproveitar a alta do setor também para nichos como supermercados, operações quase totalmente presenciais.

O SiteMercado foi fundado há quase cinco anos em São José do Rio Preto, e atua como um white label digital, por meio do qual vendedores de 476 cidades de 24 Estados do país já têm seus próprios canais de comércio eletrônico.

O iFood, maior portal de encomendas de refeições do Brasil, vem buscando expansão e diversificação nesse setor, no qual entrou em 2019 com o iFood Mercado, que atualmente conta com 2,1 mil vendedores.

Ao contrário do iFood Mercado, o SiteMercado continuará operando de forma independente, com estrutura própria para pagamentos e entregas, de acordo com o vice-presidente de Negócios do iFood, Henrique Iwamoto.

Iwamoto disse ainda que há a possibilidade de as duas marcas chegarem a todos os municípios onde hoje só há uma delas, sendo que o iFood já atua em cerca de mil cidades brasileiras.

“São negócios complementares, mas vemos muitas chances de sinergias no futuro”, disse.

O portal de encomendas de refeições espera que sua nova aquisição atinja 250 cidades com 3 mil vendedores até o fim de 2020.

Sinalizando o quando vale investir no setor, o próprio iFood Mercado informou que suas vendas em agosto aumentaram 240% em comparação com março, quando tiveram início as medidas de isolamento social.

Em maio, a B2W anunciou acordo com o grupo supermercadista BIG para integração de plataformas de venda, logo após ter adquirido a Supermercado Now em janeiro.

Já a maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina, o Mercado Livre, começou em meio a realizar vendas diretas de produtos de supermercados.