Economia
Ministro da economia diz que Brasil não tem 33 milhões de pessoas passando fome: “É impossível”
O pronunciamento de Guedes ocorreu durante o evento da Fenabrave, em São Paulo, na última quarta-feira. Saiba mais!
Na última quarta-feira, dia 22 de setembro, Paulo Guedes afirmou durante o evento em São Paulo que é impossível que milhões de brasileiros estejam passando fome.
O pronunciamento do ministro da economia ocorreu durante o evento da Federação da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), onde Guedes alegou que dados de ONGs estão equivocados.
“O consumo dos mais frágeis está garantido com os programas de transferência de renda. Por isso, é impossível ter 33 milhões de pessoas passando fome porque eles estão recebendo três vezes mais do recebiam antes, mesmo com a alta da inflação, o índice de preços não multiplicou por três. O poder de compra está mais do que preservado com essa transferência de renda”, pronunciou o ministro Paulo Guedes.
Para contestar os dados de Organizações, o ministro da economia não apresentou dados que comprovem ser verdadeira a contestação pronunciada. A justificativa é que, embora a inflação tenha aumentado, não aumentou três vezes mais, justificando que os benefícios concedidos pelo governo capacitam seus beneficiados para viverem em boas condições, pois ganham três vezes mais atualmente.
33 milhões de brasileiros em situação de fome em 2022
Dados divulgados em junho deste ano comprovam que existem mais 33,1 milhões de pessoas passando fome no Brasil. O levantamento realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar Nutricional (Rede Penssan) indica que mais de 30 milhões de pessoas não têm como se alimentar.
Ainda de acordo com a pesquisa, o crescimento de brasileiro em situação de fome aumentou em 14 milhões em quase um ano e meio. 58,7% da população do país convive diariamente com a insegurança alimentar em graus leve, moderado ou grave.
Ainda segundo a pesquisa da Rede Penssan, o Brasil retornou aos índices de 1990. As regiões mais afetadas do país são Norte e Nordeste: os altos índices podem chegar a 71,6% e 68%, estando acima da média nacional de 58%.
Os índices de crescente fome estão diretamente ligadas ao contexto pandêmico dos anos anteriores. Embora existem programas sociais que auxiliem diversos brasileiros mensalmente, a alta demonstra que algo fugiu do controle.
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