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Economia

Setor de serviços do Brasil retoma crescimento em setembro após flexibilização de restrições, aponta PMI

PMI de serviços do Brasil teve alta para 50,4 em setembro, de 49,5 em agosto.

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O setor de serviços do Brasil retomou seu crescimento em setembro após seis meses de queda, perante a reabertura das empresas após a flexibilização das medidas para conter o coronavírus, apontou o Índice de Gerentes de Compras (PMI) divulgado nesta segunda-feira.

O PMI de serviços do Brasil teve alta para 50,4 em setembro, ante 49,5 em agosto, ultrapassando pela primeira vez desde fevereiro o patamar de 50, que separa crescimento de contração.

“Os dados para setembro destacaram sinais preliminares de uma recuperação no setor de serviços do Brasil, após seis meses de contração devido à pandemia de Covid-19”, afirmou a diretora associada de economia  Pollyanna De Lima, do IHS Markit.

Contudo, o IHS Markit, que faz o levantamento, avisou que o dado indica apenas taxa marginal de expansão, uma vez que algumas empresas mostraram atividade menor em suas unidades, com participantes da pesquisa citando término de contratos, desemprego alto e impacto prolongado da pandemia sobre a demanda por seus serviços.

Mesmo com tudo isso, novos trabalhos e otimismo sustentado nas empresas marcaram o mês de setembro.

Pelo segundo mês consecutivo, as novas encomendas aumentaram, embora a taxa de crescimento tenha sido moderada. Por outro lado, novos trabalhos do exterior voltaram a ter queda, acumulando nove meses seguidos de retração, mas ainda assim com as menores perdas desde fevereiro.

Também há indício de aumento nos preços de energia, alimentos, combustíveis, materiais de higiene e proteção pessoal, o que elevou os custos das empresas de serviços. Os novos custos geraram cortes nas folhas de pagamento, com isso as empresas os absorveram reduzindo os preços cobrados.

Também em setembro, os cortes de emprego continuaram significativos, mas no nível mais baixo desde que a atual sequência de reduções de postos começou, em março.

Mesmo nessa conjuntura, vários fornecedores de serviços brasileiros mantêm esperanças de crescimento da produção com a previsão de uma vacina para a Covid-19 nos próximos 12 meses.

Por outro lado, alguns acreditam que a pandemia continuará encolhendo a atividade. O otimismo geral se manteve, mas caiu em relação a agosto e foi fraco em comparação com a média da série.

O setor privado do Brasil cresceu pelo segundo mês seguido em setembro, com o PMI Composto chegando a 53,6, de 53,9 em agosto, resultado da volta à expansão do setor de serviços e novo recorde de crescimento para a indústria.

“A notícia da retomada no setor de serviços complementou os resultados positivos da indústria. Isso se traduz em crescimento sustentado da atividade empresarial e novos trabalhos no setor privado”, acrescentou De Lima.

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