Cozinha: A nova vilã? Mais perigosa que fumar por tabela, Diz estudo

Você sabia que ficar na beira do fogão pode ser pior do que fumar passivamente? Segundo um estudo recente, feito por pesquisadores de Stanford, nos Estados Unidos, e publicado na revista Environmental Science & Technology, a combustão de fogões a gás é um risco a qual praticamente todos nós estamos expostos.

Isso porque essa combustão pode aumentar os níveis internos de benzeno, que por sua vez é uma substância química ligada a um maior risco de leucemia e outros tipos de câncer de células sanguíneas. O benzeno se forma nas chamas dos fogões a gás e se espalha basicamente por toda a casa, permanecendo por horas no ar doméstico.

Um único queimador de fogão a gás no máximo ou de um forno a gás ajustado em 175 °C pode elevar os níveis internos do benzeno ainda além dos níveis do fumo passivo do tabaco, em média.

É claro que o fumo passivo do tabaco também é extremamente prejudicial à saúde, já que contem mais de 200 compostos tóxicos e aproximadamente 40 cancerígenos. O tabagismo passivo é uma das maiores causas de morte evitável no mundo.

Como diminuir os riscos dos fogões e do fumo passivo

Ante o exposto, é importante evitar ficar na beira do fogão quando ele estiver ligado, especialmente se for a gás. Uma boa ventilação também pode auxiliar a reduzir as concentrações de poluentes no ambiente, mas pode nem sempre ser suficiente para eliminar a exposição ao benzeno.

Com base nos dados da pesquisa, o ideal é optar por fogões elétricos ou de indução, que não produzem chamas nem emissões de benzeno — no caso dos elétricos, as quantidades são muito menores do que os fogões tradicionais.  

Da mesma forma, é essencial evitar o contato com a fumaça do tabaco em ambientes fechados, já que ela também pode causar danos irreversíveis à saúde. A Lei Anti Fumo proíbe fumar em locais de uso coletivo, públicos ou privados, de todo o Brasil, protegendo não-fumantes dos riscos do tabagismo passivo há anos.