Tecnologia
Deu ruim pra SpaceX! Estudo científico aponta vazamento de radiação vindo de Starlink
A Starlink é um ambicioso projeto de constelação de satélites em órbita baixa da empresa SpaceX, liderada por Elon Musk. Seu objetivo principal é fornecer acesso à internet de alta velocidade e baixa latência para áreas remotas do planeta, onde a infraestrutura terrestre tradicional é limitada ou inexistente.
A questão é haver um grande problema! Um estudo recente publicado na revista científica Astronomy & Astrophysics revelou que a constelação de satélites Starlink, lançada pela SpaceX, está emitindo ondas de rádio de baixa frequência de forma não intencional.
Essa radiação eletromagnética vazada pelos satélites tem impactado negativamente o trabalho científico, especialmente na área da radioastronomia.
A SpaceX, provedora de internet liderada por Elon Musk, já havia implementado medidas para mitigar a poluição luminosa causada pela constelação, projetando novos satélites com tonalidade mais escura.
Com foi descoberto o vazamento de radiação na Starlink?
Para testar sua hipótese, os pesquisadores utilizaram a rede LOFAR, que consiste em cerca de 20 mil antenas de rádio distribuídas em 52 localidades, para observar 68 satélites da constelação Starlink. A LOFAR, sigla para Low Frequency Array (Matriz de Baixa Frequência), detectou o vazamento eletromagnético proveniente desses satélites.
A questão é que a faixa de frequência em questão inclui uma banda protegida (entre 150,05 e 153 MHz) especificamente alocada para radioastronomia pela União Internacional de Telecomunicações. Isso é explicado pelo coautor do artigo.
Embora as emissões provenientes da eletrônica dos satélites Starlink não violem oficialmente nenhuma regulamentação, uma vez que as restrições da Comissão Eletrônica Internacional à interferência eletromagnética se aplicam apenas a dispositivos terrestres.
Porém, Federico Di Vruno, primeiro autor do artigo, afirmou à ABC News que, embora as chances de interferência nos telescópios sejam baixas, o risco aumenta à medida que mais e mais objetos desse tipo são colocados em órbita.
Além disso, essas emissões não intencionais representam um desafio para a radioastronomia, pois podem causar interferências nas observações e distorcer os dados coletados pelos telescópios.
Isso pode comprometer a capacidade dos cientistas de entenderem as emissões de rádio provenientes de objetos celestes e obterem informações precisas sobre o universo.
É importante ressaltar que as conclusões desse estudo estão sujeitas a revisões e validações adicionais, o impacto potencial dos satélites Starlink na radioastronomia levanta preocupações sobre a necessidade de encontrar soluções para minimizar as interferências e garantir a continuidade das pesquisas científicas nessa área.
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