CEO da Web Summit renuncia após gigantes tech cancelarem participação

O CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, se viu obrigado a renunciar ao cargo após gigantes tech cancelarem participação devido a falas polêmicas dele acerca do conflito Israel-Hamas.

O executivo e um empreendedor irlandês, e co-fundador da Web Summit, uma conferência anual de tecnologia e CEO da empresa que administra a Web Summit e outros eventos. Em 2015, ele foi ranqueado na 18º da lista Wired UK, das pessoas mais influentes na Europa na área da tecnologia.

Segundo a Bloomberg, as declarações de Cosgrave geraram reação de grandes marcas, como Meta e Alphabet, que desistiram de participar do festival.

Por conta da saída dele, o Web Summit deve nomear um novo CEO o “mais rapidamente possível”, e o evento, que terá início no dia 13 de novembro, em Lisboa, irá acontecer conforme o planejado, afirmaram os organizadores do festival em um comunicado enviado por e-mail, neste sábado.

O caso

De acordo com a Bloomberg, no dia 16 de outubro ele publicou uma mensagem no X, antigo Twitter, que dizia que “crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados”, em referência à resposta de Israel aos ataques do Hamas. Os comentários causaram reação negativa de vários investidores de risco e fundadores do setor de tecnologia.

Na sequência, ele postou um pedido de desculpas no blog do Web Summit e disse que lamentava por ter causado “profunda dor” pelo momento e conteúdo de sua declaração.

Entretanto, o pedido de desculpas não foi suficiente para impedir o início de uma campanha que pedia que palestrantes e patrocinadores desistissem de participar do festival. No ano passado, a edição de Lisboa reuniu 70 mil participantes.

Empresas

Além da Meta e do Google, da Alphabet, Amazon, Intel, Siemens, Stripe e uma série de investidores do setor de tecnologia cancelaram o comparecimento ao evento.