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Política

Maia recebe telefonema de Campos Neto e diz que agora confia nele

Maia havia afirmado que Campos Neto vazou uma conversa particular que ambos tiveram na quarta-feira.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi ao Twitter nesta quinta-feira afirmar que confia no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após receber um novo telefonema no qual o chefe da autoridade monetária negou ter vazado uma conversa entre eles. Pouco antes, Maia havia questionado a seriedade de Campos Neto na mesma rede social.

“Recebi há pouco ligação do presidente do BC afirmando que ele não divulgou à imprensa a nossa conversa. Diante da palavra do presidente, o vazamento certamente foi provocado por terceiros. Deixo aqui registradas a ligação e a confiança que tenho nele”, escreveu Maia.

Na manhã deste quinta-feira, o parlamentar criticou Campos Neto em seu Twitter, afirmando que ele vazou uma conversa particular que tiveram na véspera e que esta atitude “não está à altura de um presidente de Banco de um país sério”.

O conteúdo da conversa supostamente vazada não foi informada na publicação de Maia.

Segundo a imprensa, Campos Neto ligou para Maia na quarta para pedir uma trégua na agitação política em prol das reformas que ajudem na solução da questão fiscal do país e teria ouvido como resposta que é a base parlamentar de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro quem está impedindo as votações na Câmara.

Tentando, entre outros objetivos, impedir a análise da MP 1.000 que prorroga o pagamento do auxílio no valor de 300 reais até o fim do ano, aliados do governo vêm obstruindo as votações na Câmara. Eles querem evitar o constrangimento e a pressão, em período eleitoral, para elevar o valor a 600 reais. Do outro lado a oposição vem se recusando a votar outros textos enquanto essa MP não for pautada.

A disputa pelo comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO) também é tema controverso na Casa. Maia tem pressionado o cumprimento de um acordo fechado no início do ano entre vários partidos para a eleição de Elmar Nascimento (DEM-BA) para a presidência da comissão.

Mas deste então o cenário parlamentar mudou: partidos do chamado centrão aproximaram-se do governo Bolsonaro e o bloco na Câmara que definiu a presidência da CMO já não existe.

No momento, estão em trâmite no Congresso pautas legislativas de interesse do Banco Central e do time da economia do governo, entre elas a matéria que dá autonomia ao BC e reformas que visam aliviar a questão fiscal do país.

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