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Petrobras estende plataforma pioneira do pré-sal até 2030
Serão cinco anos a mais.
A plataforma Cidade de Angra dos Reis, a primeira de grande porte a operar no pré-sal da Bacia de Santos, terá sua vida útil prolongada em cinco anos, conforme anunciado pela Petrobras (PETR3; PETR4), que lidera o consórcio responsável pelo Campo de Tupi, situado a 300 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
A FPSO (Floating Production Storage and Offloading), unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de óleo, está em operação desde outubro de 2010 e possui capacidade para produzir mais de 50 mil barris de petróleo por dia. A Petrobras informou que firmou um aditivo contratual com as empresas Tupi Pilot MV 22 B.V. e Modec Serviços de Petróleo do Brasil Ltda., estendendo o prazo de utilização da plataforma até 2030.
O novo contrato permitirá realizar adequações para aumentar a confiabilidade e eficiência operacional, garantir a integridade da plataforma, reforçar a segurança das operações e reduzir emissões de gases do efeito estufa, alinhando-se às metas de sustentabilidade.
Petrobras (PETR3; PETR4): Pré-Sal
Segundo comunicado da Petrobras, “a celebração destes aditivos está alinhada ao Plano de Negócios 2025-2029 e reafirma o compromisso da companhia e seus parceiros com a continuidade e expansão das operações no Campo de Tupi”.
A previsão é que a plataforma seja descomissionada em 2030, ou seja, terá suas operações encerradas de forma definitiva. De acordo com a Petrobras, o descomissionamento ocorre quando a instalação atinge o fim de sua vida útil ou quando os campos produtivos deixam de ser economicamente viáveis.
A entrada em operação da FPSO Cidade de Angra dos Reis foi um marco para a produção do pré-sal no Brasil, que consiste em reservatórios localizados entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade. Para efeito de comparação, essa profundidade equivale à altura dos picos mais altos da Cordilheira dos Andes.
Em 2024, o petróleo se consolidou como o principal produto de exportação do Brasil, com o pré-sal desempenhando papel fundamental. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontam que, de janeiro a novembro de 2024, o país produziu 36,9 milhões de barris de petróleo por dia, sendo 71,5% provenientes do pré-sal. No segundo semestre, esse índice subiu para 80,3%.
Além da Bacia de Santos, o pré-sal também é explorado na Bacia de Campos, que abrange o litoral do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O consórcio responsável pelo Campo de Tupi é formado pela Petrobras, que detém a maior fatia (67,216%), seguida pela Shell (23,024%), Petrogal (9,209%) e pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), que representa o governo brasileiro com 0,551%.
(Com Agência Brasil).
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