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Petrobras comprova produtividade de poço na Colômbia
Bacia de Guajira, no Mar do Caribe.
A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou dia 10 que os testes realizados no poço Sirius-2, localizado em águas profundas da Colômbia, comprovaram a “boa produtividade” do reservatório. A descoberta foi feita no ano passado e está situada na Bacia de Guajira, no Mar do Caribe, a 31 quilômetros da costa e a 804 metros de profundidade, a aproximadamente 76 quilômetros da cidade de Santa Marta.
Segundo a estatal brasileira, o teste de formação avaliou um intervalo de cerca de 100 metros do reservatório, permitindo a coleta de amostras que serão submetidas a análises laboratoriais para caracterização. A companhia destacou que o resultado preliminar reforça o potencial volumétrico para gás na região.
Consórcio com Ecopetrol
A exploração e produção de petróleo e gás na Colômbia é realizada pela Petrobras por meio de sua subsidiária Petrobras International Braspetro B.V. – Sucursal Colômbia (PIB-COL), em consórcio com a estatal colombiana Ecopetrol. O consórcio, responsável pelo poço Sirius-2, tem participação majoritária da Ecopetrol (55,56%), enquanto a Petrobras detém 44,44%.
Inicialmente denominado Uchuva, o poço passou a ser conhecido como Sirius após a confirmação da descoberta em agosto do ano passado. Além do Sirius-2, o consórcio também explora o poço vizinho Sirius-1, ambos localizados no mesmo bloco exploratório.
Margem equatorial e potencial exploratório
A margem equatorial tem ganhado destaque como uma nova e promissora fronteira para exploração de petróleo e gás. Descobertas recentes nas costas da Guiana, Guiana Francesa e Suriname reforçam o potencial da região, que se estende no Brasil desde o Rio Grande do Norte até o Amapá.
Em dezembro de 2024, a Petrobras anunciou a descoberta do maior reservatório de gás natural da história da Colômbia na mesma área, mas já adiantou que a produção será voltada para o mercado colombiano devido à alta demanda local.
Entretanto, a exploração na margem equatorial enfrenta críticas de ambientalistas, que apontam riscos ambientais significativos. No Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou a licença para perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, mas a Petrobras solicitou reconsideração e aguarda uma decisão.
Estratégia internacional
A busca por novas reservas é parte da estratégia da Petrobras para garantir o abastecimento de óleo e gás, reduzindo a necessidade de importação. A estatal também está em processo de aquisição de campos petrolíferos na África, com foco em Angola, Namíbia e África do Sul. Além disso, a empresa já possui três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, na costa ocidental africana.
Na América do Sul, a Petrobras mantém operações na Argentina, com 33,6% de participação no ativo de produção Rio Neuquén, e na Bolívia, onde produz gás nos campos de San Alberto e San Antonio, com 35% de participação em cada um. Nos Estados Unidos, a atuação da estatal se concentra em águas profundas do Golfo do México, onde detém 20% da joint venture MPGoM, formada com a Murphy Exploration & Production Company.
A expansão das operações internacionais faz parte da estratégia da Petrobras de diversificar suas fontes de produção e consolidar sua presença no mercado global de petróleo e gás.
(Com Agência Brasil).

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